“Não afasto essa possibilidade. Se houver um clima grave no banco, como aconteceu no caso BPN, o Governo não tem alternativa senão travar aquilo”, declarou Luís Filipe Pereira, ex-ministro da Saúde, em entrevista à edição de sábado do jornal i.
O antigo governante defende que esta crise Banco Espírito Santo (BES) pode ter “efeitos sistémicos em toda a banca e na sociedade portuguesa”, criticando o Banco de Portugal (BdP) por não ter “tomado medidas para prevenir esta situação”.
“(…) temos de acreditar nas palavras do regulador, mas devemos aguardar mais um tempo para verificar o que se vai passar porque o Banco de Portugal tinha de saber o que se estava a passar no BES e no GES”, continuou o economista.
Luís Filipe Pereira considerou ainda que é muito cedo para comparar esta situação à do caso BPN mas adianta que “não encontramos nenhum setor onde o GES não tivesse intervenção” e que, portanto, o BdP tinha que “prevenir os acontecimentos”.
