Os juros da dívida soberana portuguesa registaram ontem uma subida depois de várias sessões em que se tinha verificado uma quebra do valor cobrado pelos mercados. Segundo explica o jornal Diário Económico esta penalização por parte dos investidores poderá estar relacionada com a instabilidade vivida no seio do Grupo Espírito Santo.
A ideia foi sustentada pela Reuter e pela Bloomberg que associaram esta subida à fraca prestação bolsista dos títulos do banco português, ainda que no caso do primeira publicação a abertura de uma investigação das autoridades luxemburguesas às holdings do grupo e, no caso da segunda, estaria intrinsecamente ligado, segundo explicou o responsável pela negociação da dívda do Danske Bank, em Copenha, a “preocupações com o Espírito Santo e o ajustamento semestral do seu balanço”.
Em causa está, de acordo com especialistas consultados pela publicação portuguesa, o risco de o Estado ser chamado a intervir auxiliando o banco, o que poderia passar por uma injeção de capital, em tudo idêntica à realizada no BCP, sendo que neste caso, sustenta-se o valor poderia ascender a 3 mil milhões de euros.
Porém, há quem considere não existir contágio entre as duas situações, sendo que este movimento é apenas visto como um ajustar das expetativas dos mercados depois de várias descidas dos juros cobrados, leitura que, aliás, prevalece junto do IGCP, segundo o Económico.