O BCE está hoje 228 vezes maior que a zona euro e o motivo são as linhas de compras de títulos aos bancos e aos tesouros nacionais que adquiriu quando mais ninguém se dispunha a fazê-lo.
Agora, com taxas de juro diretoras próximas de zero e sem grande margem para baixar mais, o conselho de governadores que trabalha em Frankfurt só vê uma solução: baixar o preço do dinheiro, permitindo assim que o BCE inicie uma vaga de alívio monetário, deixando no mercado dinheiro fresco.
Ao fazê-lo, o BCE dá oxigénio aos bancos, às empresas e aos consumidores. Além disso, desvalorizava um pouco o euro, impulsionando a competitividade dos exportadores, explica o Diário de Notícias.
O tema estará em debate no primeiro fórum do BCE, que se vai realizar hoje em Sintra, e onde se acredita que o economista Paul Krugman vai pedir ao BCE que aumente o limite da inflação para 4% em vez de 2%, dando margem para imprimir dinheiro. Já Otmar Issing, primeiro economista-chefe do BCE deverá dizer que ‘não’ à proposta alegando que a inflação é algo muito sério.