“Há uma probabilidade maior do que 50% de que o Banco Central Europeu (BCE) avance para um programa de compra de ativos e expansão monetária, conhecida como ‘quantitative easing’”, garantiu, em entrevista ao Jornal de Negócios, um analista da Allianz Global Investors.
Na perspetiva de Brian Tomlinson, estão esgotadas as medidas convencionais – como a descida da taxa de juro e referência e da taxa dos depósitos – e nenhum destes irá resolver o problema, pelo que o BCE terá de puxar da ‘bazuca’.
“O Fed dos EUA está a fazê-lo há vários anos, o Banco de Inglaterra e o Banco do Japão também”, de forma a “manter a estabilidade dos preços” e “impedir que a zona euro caia em deflação”, afirmou, salientando que “enfraquecer a cotação do euro vai ajudar a estimular a inflação e a economia, criando empregos”.
Até porque, acrescenta: “Se o BCE não o fizer, e a desinflação continuar, iremos mover-nos em direção à deflação. Com efeito, quanto mais o BCE esperar, mais difícil será puxar a zona euro do abismo da deflação”.