“Se queremos dinheiro garantido, de forma rápida e sem penalizar os rendimentos do trabalho, temos de subir o IVA”, disse ao Jornal de Notícias o tax partner da consultora Deloitte, Carlos Loureiro, confrontado com a possibilidade de o Tribunal Constitucional vir a chumbar as medidas no valor de 1.500 milhões de euros que tem em mãos.
Esta é a opinião que prevalece entre os especialistas, por ser a mais fácil, já que “gera sempre encaixe”.
“Se um ponto percentual de IVA corresponder a 600 milhões de euros, precisamos de subir o IVA em dois pontos percentuais, para os 25%”, afirmou, por sua vez, o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro.
Já Cunha Barnabé dá uma outra sugestão: “Talvez se possa prorrogar por mais um ano a sobretaxa de 3,5% ou talvez mexer na tributação de rendimentos que não sejam do trabalho”.
Mas porque “os portugueses já estão no limite da carga fiscal”, há quem aposte num aumento da tributação sobre “as grandes empesas, o sistema bancário e as PPP”, como é o caso do economista José Reis.
