O “enorme aumento de impostos” antecipado por Vítor Gaspar em 2012, aquando da apresentação do Orçamento do Estado, foi o mais elevado registado num ano na Europa. Em termos globais, entre 2010 e 2013, quando considerado o conjunto dos países europeus, Portugal encontra-se no terceiro lugar, só sendo ultrapassado pela Irlanda e Estónia.
Os dados apresentados foram apurados pela Ameco, organismo da Comissão Europeia, e traduzem um aumento da receita fiscal, de 2012 para 2013, de 24%, o maior aumento registado na zona euro que apenas encontra paralelo em Dublin, que, neste particular, viu as suas receitas crescer 22%.
Este exponencial aumento de imposto foi, segundo explica o Jornal de Negócios, conseguido através da redução dos escalões de IRS, os cortes nas deduções à colecta e pela repescagem da sobretaxa de IRS.
O agravamento da carga fiscal foi tão elevado que para um contribuinte com uma remuneração média mensal de 2.000 euros a perda de rendimentos, só considerando o aumento do IRS, chegou a atingir um salário por ano.
