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Wall Street fecha em baixa

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em baixa, ao fim de uma série de sessões em alta, depois de resultados empresariais pouco convincentes e um indicador imobiliário dececionante.

Wall Street fecha em baixa
Notícias ao Minuto

22:28 - 23/04/14 por Lusa

Economia Estados Unidos

Os dados definitivos do fecho indicam que o Dow Jones Industrial Average desceu 0,08% (12,72 pontos), para as 16.501,65 unidades, e o Nasdaq 0,83% (34,49), para as 4.126,97.

O índice alargado Standard & Poor's 500, por seu turno, desvalorizou 0,22% (4,16), para os 1.875,39 pontos.

"Voltou a ser um mercado a duas velocidades, onde os títulos que em princípio oferecem um maior crescimento mas também muitos riscos, como Tesla, Netflix ou Amgen, são varridos", observou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

Os investidores ficaram também abalados, adiantou, pela forte queda (14,5%) das vendas das casas novas nos EUA, em março.

"Apesar de sabermos que este índice é muito volátil de um mês para outro, é inquietante, porque um dos pilares da recuperação económica nos EUA é o mercado imobiliário. O último número leva as pessoas a colocarem questões perturbadoras, porque receiam que seja um sintoma de algo mais grave, como um aumento demasiado forte do preço das casas ou de as pessoas não terem simplesmente meios para pagar uma casa"", pormenorizou.

Neste contexto, como o Nasdaq e o S&P 500 tiveram seis sessões consecutivas em alta, "é natural que os investidores aproveitem para realizar alguns ganhos", notou Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management.

Os investidores estavam hoje tanto mais dispostos a retraírem-se quando várias empresas divulgaram resultados trimestrais entre o fecho da sessão de terça-feira e a abertura da de hoje, com uma tendência mitigada.

A queda mais forte do que previsto da cotação do grupo de biotecnologia Amgen e a estagnação do volume de negócios do fabricante de produtos de higiene e cosmética Procter & Gamble também dececionaram os investidores.

Ao contrário, os números da Boeing, que reviu em alta a sua previsão de lucro anual, ou da Delta Air Lines, com o seu lucro em franca progressão, foram muito bem recebidos.

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