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"Consolidação do lado da despesa não produziu efeitos previstos"

O Conselho de Finanças Públicas (CPF), entidade liderada por Teodora Cardoso, revelou esta terça-feira que o défice ajustado das medidas temporárias e não recorrentes em 2013 foi o de menor consolidação desde 2010. Pelo que, conclui o CFP “a execução da despesa sugere que as medidas de consolidação orçamental do lado da despesa não produziram todos os efeitos enunciados pelo Ministério das Finanças”.

"Consolidação do lado da despesa não produziu efeitos previstos"

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Notícias Ao Minuto
22/04/2014 12:14 ‧ há 11 anos por Notícias Ao Minuto

Economia

Conselho de Finanças

A entidade liderada por Teodora Cardoso revela hoje, numa documento sobre a análise à Conta das Administrações Públicas de 2013 que o défice orçamental sem medidas extraordinárias situou-se nos 5,3% do PIB, que deste modo se apresenta como o ano de menor consolidação desde 2010.

Esta constatação permite ao Conselho de Finanças Públicas (CFP) sustentar que “a despesa ajustada [a medidas temporárias] aumentou 1,6 pontos percentuais do PIB, invertendo a tendência observada nos dois anos anteriores”. Acontece que “esta evolução reflete o aumento de 5,0% na despesa corrente primária e, em sentido contrário, a redução das despesas de capital e com juros”.

“A execução da despesa sugere [por isso] que as medidas de consolidação orçamental do lado da despesa não produziram todos os efeitos enunciados pelo Ministério das Finanças”, salienta o CFP.

No mesmo documento é referido que “os desenvolvimentos orçamentais ocorridos ao longo do ano de 2013 evidenciaram o elevado contributo da receita para a redução do défice público. Já a despesa não contribuiu para a correção do desequilíbrio orçamental, devido ao comportamento desfavorável da despesa corrente primária, particularmente no 2.º semestre”, altura em que, lembra o CFP, o Governo foi obrigado por decisão do Tribunal Constitucional a repor um subsídio aos funcionários públicos e pensionistas.

Contas feitas a receitas e despesas, “o défice orçamental das administrações públicas ajustado dos efeitos de medidas temporárias e medidas não recorrentes ascendeu a 8.701 milhões de euros, o equivalente a 5,3% do PIB em 2013, representando uma melhoria de 0,7 pontos percentuais do PIB face a 2012 (…), a melhoria anual menos expressiva do último triénio, o que em boa parte se explica pela reposição dos subsídios aos trabalhadores e pensionistas”. 

A equipa de Teodora Cardoso salienta ainda o aumento do peso da dívida pública sobre o PIB de 124,1% para 129%, afirmando tratar-se de “um valor acima do previsto em todos os documentos de programação orçamental”, assim como da “queda substancial do peso dos financiadores estrangeiros da dívida pública portuguesa” que, excluindo a troika, passaram “a deter para 34,6% do total da dívida, contra 63% antes do programa de ajustamento”.

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