Isabel dos Santos 'contra-ataca' e ameaça com saída de PT da Unitel
A empresária angolana Isabel dos Santos volta levantar questões sobre a operação de fusão entre a PT e a operadora brasileira Oi, conta esta segunda-feira o Diário Económico, citando uma carta enviada à PT. Além deste tema, Isabel dos Santos reitera a intenção de exercer “o direito de preferência” na compra das ações que a PT tem na Unitel por “alegada violação do acordo parassocial”.
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O Diário Económico cita, hoje, excertos de uma carta que a empresária Isabel dos Santos enviou à PT e na qual afirma que “considerando a real e efetiva possibilidade de violação do acordo parassocial pela PTI SGPS SA, no processo de celebração do acordo de fusão com a sociedade Oi vêm as restantes acionistas da Unitel SA reiterar o seu interesse e comunicar que pretendem exercer o direito de preferência que a Lei Angolana, o acordo parassocial e os estatutos da sociedade lhe conferem na aquisição das ações que a PTI SGPS SA detém na sociedade Unitel”.
A missiva da empresária e dos restantes acionistas angolanos da Unitel surge, explica a mesma publicação, depois de ter sido aprovado em assembleia-geral o processo de fusão e numa altura em que a equipa de Zeinal Bava está a realizar um roadshow para aumentar o capital da nova empresa.
Mas, prossegue Isabel dos Santos, “isso implica, indiretamente, uma alteração na estrutura acionista da Unitel, uma vez que a acionista de controlo final da PTI deixará de ser a PT SGPS SA e passará a ser a OI e a CorpCo. A acontecer a projetada operação, tal situação subsumir-se-á à previsão do acordo parassocial celebrado entre as acionistas da Unitel a 15 de Dezembro de 2000 e ainda em vigor”, cita o Diário Económico.
Acontece que esse “acordo parassocial” refere que “a extinção ou alteração de controlo da PTI SGPS SA impõe o início de negociações tendentes a transmitir as ações da acionista para os restantes acionistas”, escreve a empresária angolana.
O Diário Económico explica, desta forma, que Isabel dos Santos identifica na missiva, e pela primeira vez de forma clara, que a fusão PT/ Oi pode violar o acordo e exercer o direito de preferência sobre os 25% que a PT tem na companhia angolana de telecomunicações, Unitel.
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