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Cortes de Passos conseguidos à custa de submarinos de Portas

Poupança nos consumos intermédios. Esta foi uma das bandeiras hasteadas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na entrevista que concedeu à SIC, na passada terça-feira. O líder do Executivo proclamou uma redução de 1,6 mil milhões de euros na despesa do Estado. Mas, segundo o Jornal de Negócios, Passos ‘esqueceu-se’ de mencionar que nessa correção está diretamente implicado o negócio dos submarinos do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, à data em que era ministro da Defesa.

Cortes de Passos conseguidos à custa de submarinos de Portas
Notícias ao Minuto

08:38 - 17/04/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Poupança

Entre 2010 e 2013, foi levada a cabo uma dieta nas despesas do Estado que permitiu cortar gorduras na ordem dos 1,6 mil milhões de euros, isto através da poupança nos consumos intermédios. Esta foi, pelo menos, a ideia ‘vendida’ por Pedro Passos Coelho, no âmbito da entrevista que concedeu à SIC e SIC Notícias, na passada terça-feira à noite.

Acontece que, adianta a edição de hoje do Jornal de Negócios, o primeiro-ministro deixou por esclarecer que esse feito se deveu, em parte, ao registo, em 2010, dos dois submarinos adquiridos pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, quando era ministro da Defesa.

Ou seja, efetivamente, e tal como líder do Executivo argumentou, aos 8,9 mil milhões de euros gastos, há quatro anos, em consumos intermédios, daí para cá foram subtraídos 1,6 mil milhões. Aliás, os números apontados por Passos Coelho são consonantes com aqueles avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas como foi esta poupança possível?

Ora, em 2010 entraram para as contas 880 milhões de euros, em virtude do registo em contabilidade nacional dos submarinos comprados por Portas. E, como explica a mesma publicação, tratando-se de uma operação extraordinária e, como tal, de uma despesa irrepetível, no ano seguinte o montante desapareceu automaticamente, dando um importante empurrão aos dados que o chefe do Governo apresentou.

Posto isto, caso as despesas com os submarinos não tivessem constituido uma variável nesta equação, o Executivo haveria cortado apenas 754 milhões, e não os tais 1,6 mil milhões que, orgulhosamente, Passos propagandeou.

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