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Distribuição de lucros deixa antigos bancários sem reformas

O Fundo de Pensões do BPN, banco que foi comprado pelo grupo de capitais luso-angolano BIC, distribuiu pelos associados o excesso de verbas que existia no Fundo de Pensões e, atualmente, não tem dinheiro para pagar reformas, escreve hoje o jornal Público.

Distribuição de lucros deixa antigos bancários sem reformas
Notícias ao Minuto

10:10 - 03/03/14 por Notícias Ao Minuto

Economia BPN

O jornal Público escreve hoje que o BPN está atualmente sem dinheiro para pagar reformas aos seus antigos trabalhadores, apontando o caso de uma ex-funcionária como exemplo.

Segundo aquela publicação, em 2008, ano em que foi nacionalizado, o Fundo de Pensões daquela entidade bancária apresentava 130 milhões de euros, sendo que as responsabilidades com as pensões dos trabalhadores se cifravam nos 105,6 milhões. Desta forma o Fundo apresentava um excesso de verba.

Em 2010, a forma de calcular as pensões e as verbas de Fundo foram alteradas. Assim, as responsabilidades do Fundo diminuíram dos 105,6 milhões de euros para os 94,5 milhões.

Posto isto, em março do mesmo ano o banco alterou o contrato do Fundo, eliminando o artigo que previa que nenhuma alteração ao mesmo podia “implicar qualquer prejuízo suscetível de afetar o património do fundo”. Foi então adicionada uma nova cláusula com vista à “devolução ao associado do excesso de património do fundo, caso exista, e desde que devidamente autorizado”.

Entre 2011 e 2012, o BIC comprou o BPN e foi extinto o Fundo de Pensões do BPN. Desta forma, foram integrados na Caixa Geral de Aposentações 96,8 milhões de euros, com os bancários do BPN a passarem a descontar 11%, tal como acontecia com os funcionários dos outros bancos.

Em dezembro de 2012, o Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações revelava que o Fundo de Pensões do BPN cifrava-se nos 100,9 milhões de euros. Ao mesmo tempo, o BIC explicava que tinha recebido 24,8 milhões provenientes do excedente do mesmo Fundo.

Um ano depois, o Tribunal de Contas elaborou um relatório onde assegura que não sabe se “os valores transferidos para a Caixa Geral de Aposentações serão suficientes para cobrir os encargos futuros com pensões”.

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