Portugal tem de melhorar eficiência energética

A comissária europeia para o clima afirmou hoje que Portugal avançou muito nas energias renováveis, mas tem de trabalhar na eficiência energética, podendo contar com fundos comunitários, e nas interligações com a Europa, uma "forte prioridade" do governo.

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Lusa
21/02/2014 18:05 ‧ 21/02/2014 por Lusa

Economia

União Europeia

"Confirmei nesta visita que um dos principais problemas de Portugal no que respeita aos seus sistemas energéticos é a obtenção de mais flexibilidade com a interligação com o exterior, é uma questão chave", disse à agência Lusa Connie Hedegaard.

A responsável pela ação climática na Comissão Europeia está em Lisboa e encontrou-se com membros do governo e com representantes de associações dos vários setores, como a indústria ou agricultura, organizações ambientalistas ou de defesa do consumidor para ouvir opiniões acerca da estratégia da União Europeia (UE) para a energia e o clima nos próximos a anos.

A Comissão Europeia apresentou em janeiro o novo quadro de política climática e energética que prevê a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa em 40% até 2030 e o aumento para 27% da contribuição das energias renováveis no total do consumo energético.

Para o governo português, a ligação do seu sistema energético aos restantes países europeus, de modo a exportar energia obtida através das fontes renováveis, "será uma forte prioridade" nas discussões da estratégia, marcadas para o final da primavera, recordou a comissária.

"Acho que a Europa já chegou à conclusão que quer mais interligações, e não é suficiente ter esta política, é necessário concretizar e descobrir como faze-lo", de modo a que cada um não pense só nas suas próprias fronteiras, defendeu Connie Hedegaard.

Portugal tem de melhorar a eficiência energética, pois, "apesar ter avançado nas energias renováveis, e podem estar orgulhosos disso, ainda tem de importar muita energia" e este foi um tema igualmente analisado com o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, na manhã de hoje.

Para atingir a eficiência, o governo considera reformar o sistema fiscal "para ter um grande incentivo à poupança de energia e à utilização eficiente, o que está em linha com o que defendemos", frisou a comissária.

Questionada acerca dos elevados investimentos necessários para a atualização dos sistemas energéticos, numa altura em que o país enfrenta dificuldades económicas, disse que "há ajuda disponível para Portugal, por exemplo, através dos fundos estruturais, dos quais ainda recebe um montante substancial".

Connie Hedeggaard insistiu na necessidade de uma visão mais integrada dos problemas a resolver na Europa, não deixando para trás as alterações climáticas e as soluções energéticas, apesar da crise económica.

"Temos de compreender que o desafio das alterações climáticas não vai desaparecer, temos de o enfrentar e em Portugal há muitos exemplos de como os padrões de precipitação estão a mudar", salientou apontando o exemplo das cheias que "custam muito dinheiro e causam sofrimento".

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