O ano em que se registou mais um aumento de impostos e o aperto do bolso dos portugueses, o Estado voltou a injetar dinheiro nas sociedades-veículo criadas para absorver o “lixo toxico” do extinto BPN. Desta vez foram atribuídos empréstimos de médio e longo prazo no valor de 283 milhões de euros à Parups, onde foram alocados os ativos imobiliários de risco, e 227 milhões de euros à Parvalorem, que detém os créditos tóxicos.
No total, foram injetados mais 510 milhões de euros, segundo o Diário de Notícias, tendo em conta o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).
A este investimento acrescem, segundo um pedido de esclarecimento entregue pelo Bloco de Esquerda ao Ministério das Finanças, os prejuízos das duas sociedades assumido pelo Estado, no valor de 125 milhões de euros. Um prejuízo que, segundo o líder bloquista João Semedo, ascende o assumido pelo Estado com empresas públicas reclassificadas Metro do Porto, Metro de Lisboa, Parque Escolar e RTP.