A "amnésia colectiva" e o "estado de negação" dos governantes

Dois importantes estudiosos da história das crises publicaram esta semana, nos Working Papers do Fundo Monetário Internacional, um artigo no qual acusam os defensores da austeridade de sofrerem de “amnésia colectiva”. Os dois académicos dizem mesmo, citados pelo Expresso, que os governantes vivem num actual “estado de negação” que não lhes permite reconhecer quais as “ferramentas” a que deviam recorrer numa altura de crise.

Autarca grego quer países do sul unidos contra a crise

© Reuters

Notícias Ao Minuto
26/12/2013 13:42 ‧ 26/12/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

Artigo

Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart são os autores do polémico artigo citado pelo semanário Expresso. Os dois estudiosos garantem que “em nenhum lado o estado de negação é mais agudo do que no caso da amnésia colectiva sobre as experiências anteriores de desalavancagem nas economias desenvolvidas (...) que envolveram uma variedade de reestruturações de dívida soberana e privada, bancarrotas, conversões de dívida e repressão financeira”.

Para estes académicos a “amnésia colectiva” não permite aos governantes reconhecer que as ferramentas necessárias para sair da crise são aquelas que as economias emergentes põem em prática, relembrando ainda que estas são as mesmas que também já foram utilizadas pelas economias desenvolvidas em várias alturas do século XX.

Este “estado de negação”, garantem, leva os governantes a defender que “não é preciso recorrer à caixa de ferramentas usada pelas economias emergentes, que incluiu reestruturações de dívida, inflação mais elevada, controlo de capitais e repressão financeira significativa”. Mas os responsáveis, sublinham, “esquecem-se” que estas mesmas ferramentas “foram parte integrante de situações de sobreendividamento” nas economias desenvolvidas em especial após a Segunda Guerra Mundial.

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