Procurar

Trabalhadores perderam tanto como se TSU tivesse avançado

Apesar de o agravamento da Taxa Social Única (TSU) não ter passado de uma intenção, a verdade é que, conclui o Observatório sobre Crises e Alternativas, o Governo alcançou a mesma receita que previa com as alterações que levou a cabo, em Junho de 2012, ao Código do Trabalho. Desta forma, os trabalhadores perderam 725 milhões de euros, ao passo que as empresas pouparam até 2,2 mil milhões.

Notícias ao Minuto
Notícias Ao Minuto
11/12/2013 08:55 ‧ há 11 anos por Notícias Ao Minuto

Economia

Relatório

No relatório ‘Anatomia da crise: identificar os problemas para construir alternativas’, publicado ontem (terça-feira) pelo Observatório sobre Crises e Alternativas e que vai ser apresentado, esta tarde, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, concluiu-se que “o efeito pretendido com [o agravamento] da TSU foi alcançado através das alterações ao Código do Trabalho em 2012, que terão tido uma dimensão semelhante ou mesmo superior”.

Num balanço de três anos de intervenção externa, o Observatório sobre Crises e Alternativas refere que o Governo tem assumido “a austeridade como forma de economia política, que conheceu alternativas nas fases iniciais de ‘gestão’ da crise, mas que a seguir passou a ser sistematicamente formulada tendo em vista agir sobre o modelo social e político, revolucionando-o estruturalmente através do modo como considera o trabalho e o Estado”.

De acordo com o documento, hoje citado pelo Jornal de Negócios, e que teve como autores, por exemplo, Manuel Carvalho da Silva, José Reis, Nuno Teles, João Rodrigues e José Manuel Pureza, as alterações laborais aplicadas a partir de Junho de 2012 fizeram os trabalhadores perder até 724,9 milhões de euros só este ano, através de cortes no trabalho suplementar e redução de feriados.

Um trabalho médio, refere o relatório, com um salário de 962 euros, 157 horas de trabalho suplementar por ano e que trabalhe quatro feriados, perderá 2,9% do rendimento anual.

Já do lado das empresas conseguiram alcançar poupanças até 2,2 mil milhões de euros com esses cortes no trabalho suplementar e feriados, assim como através da redução do número de dias de férias e do fim do descanso compensatório por horas extraordinárias.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10