Quando, em 2010, a SLN Valor não conseguia pagar duas emissões de papel comercial, o BPN, então já nacionalizado, concedeu-lhe um crédito de risco no valor de 135 milhões de euros, como conta o Diário Económico desta quinta-feira.
A operação foi autorizada pela equipa de gestão do BPN, nomeada pelo Governo de José Sócrates, em 2008, aquando da nacionalização.
Como garantia, o banco recebeu um penhor de 55% do capital da sociedade OPI 92 e 32,65% da SLN (antiga dona do banco), duas empresas que se encontravam numa situação financeira frágil.
Mas o empréstimo acabou por não ser pago e, com os juros entretanto vencidos, a empresa soma agora uma dívida de 159 milhões de euros.
Esta é a principal fatia de um pacote de 471,1 milhões de créditos reestruturados recentemente pela Parvalorem (sociedade que ficou com a carteira de créditos problemáticos do BPN), e que admitiu ao Diário Económico que “não subsistem dúvidas de que poderiam ter sido obtidas outras garantias reais e de compromissos de execução que seguramente teriam permitido uma correcta resolução do problema”.