"Troika não cede um milímetro". Este é o título que faz manchete da edição de hoje do Diário de Notícias, e ilustra bem a pouca ou nenhuma receptividade dos representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia, no que diz respeito a cedências às metas definidas no âmbito do plano de resgate a Portugal.
Os técnicos da troika encontram-se em Portugal a propósito do oitavo e nono exames ao programa de ajustamento financeiro, que, tudo indica, deverão ficar concluídos amanhã, sendo que a margem de negociação tem sido nula, avança o Diário de Notícias.
E nem os mais recentes chumbos do Tribunal Constitucional a medidas que o Governo de Passos Coelho queria implementar por forma a cumprir as metas do défice serviram de argumento válido junto da troika para uma hipotética flexibilização.
Assim, os cortes de 4 mil milhões de euros são para levar a cabo em 2014, a meta do défice a cumprir mantém-se nos 4%, os chumbos do Palácio Ratton terão de ser contornados com outras alternativas, e a descida do IVA da restauração deverá ficar paralisado. O Estado está ainda obrigado a amealhar 20 mil milhões de euros até Junho do próximo ano.
Aliás, caso o País não consiga um saldo primário positivo de 670 milhões de euros em 2014, não haverá programa cautelar que auxilie o regresso do País ao financiamento nos mercados, o que poderá empurrar Portugal para um segundo resgate.