A confirmar-se a suspensão das tranches da troika até ser conhecida a decisão do Tribunal Constitucional sobre a convergência das pensões e a tabela salarial única do Estado, o Tesouro pode ficar em maus lençóis se os 5,5 mil milhões de euros não chegarem até ao final do ano.
De acordo com as contas do Diário Económico, com base numa apresentação do IGCP feita a investidores este mês, em vez de um saldo positivo em caixa de 4,7 mil milhões de euros, haveria um buraco de 800 milhões de euros.
Nesse caso, a solução seria compensar a perda através de uma emissão de Bilhetes de Tesouro, mas tal retiraria o conforto de se ter parte do pré-financiamento para 2014 assegurado.
O instituto liderado por Moreira Rato estima que no fim de 2013 houvesse 11,1 mil milhões de euros em caixa. Mas desse total fazem parte os 10,1 mil milhões de euros da troika, que são o somatório das quatro tranches que o País prevê receber este ano, só que ainda faltam os tais 5,5 mil milhões, 2,8 mil milhões da oitava avaliação e 2,7 mil milhões da nona.
