Depois de conhecido o chumbo do Tribunal Constitucional ao regime de requalificação na Administração Pública, uma fonte governamental avança que o Executivo está agora a estudar a possibilidade de aplicar reduções salariais “mais agressivas” às do regime em vigor e que prevê cortes de 50% ao fim de um ano na mobilidade especial.
A mesma fonte revela, esta segunda-feira ao Diário Económico, que este plano B do Governo pode ainda prever a eliminação da cessação do vínculo dos funcionários que não forem recolocados em serviços públicos findos esses 12 meses (tempo máximo de permanência no regime de mobilidade).
Assim sendo, e para fazer face ao chumbo do Palácio Ratton que impede uma poupança de cerca de 842 milhões de euros, em cima da mesa podem estar cortes “mais profundos” nos salários dos trabalhadores do Estado que passarem ao regime de mobilidade, estando porém, salienta esta fonte ao Diário Económico, a “ser ponderados valores, condições, e salvaguarda de mínimos”.
Neste cenário, justifica a mesma fonte, “tem de haver incentivos para a rescisão voluntária, antes ou depois da requalificação”, caso contrário, os funcionários arriscam a perder uma grande fatia do seu salário.