O Jornal de Notícias avança esta sexta-feira com a notícia de que o Moreirense, enquanto pessoa colectiva, o vice-presidente do clube, Orlando ‘Alhinho’ Silva, o filho do presidente, Pedro Magalhães, os ex-jogadores do clube Nuno Mendes e Sérgio Grilo, e o ex-jogador da Naval 1º de Maio, José Williams, estão acusados de corrupção.
De acordo com o despacho do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra, a que o Jornal de Notícias teve acesso, os dirigentes do clube tentaram subornar seis jogadores da Naval 1º de Maio e do Santa Clara de forma a garantir as vitórias do Moreirense e consequente subida à I Liga.
Pedro Magalhães, o filho do presidente, e Orlando ‘Alhinho’, vice-presidente, terão sido os responsáveis pelo plano que foi posto em prática pelos ex-jogadores Nuno Mendes e Sérgio Grilo. Estes ficaram responsáveis por entrar em contacto com os jogadores da Naval 1º de Maio e do Santa Clara e oferecer-lhes ‘luvas’ de 5 mil e 7.500 euros. Estão todos acusados de seis crimes de corrupção activa.
Apesar dos esforços, só o então jogador da Naval, Williams (actualmente no Feirense), se deixou subornar e, por isso, está acusado do crime de corrupção passiva. No antepenúltimo jogo da época de 2011-2012, o futebolista, que já tinha aceitado o dinheiro, foi expulso com um cartão vermelho directo por uma entrada grosseira sobre o adversário.
Os outros cinco jogadores abordados recusaram-se a entrar no esquema e foram Manuel Godinho e Hugo Santos, da Naval, que denunciaram o caso à Polícia Judiciária.
A moldura penal para o crime de corrupção activa é de pena de prisão até três anos ou multa. Já o crime de corrupção passiva, de que o jogador Williams é o único acusado, é punível com pena de prisão até cinco anos.