Jorge Jesus não espera facilidades no Clássico, apesar dos 'dragões' estarem já afastados das contas do título. O técnico do Sporting falou, ainda, do encontro com Andre Carrillo no Estoril Open e deixou elogios a... Maxi Pereira.

Clássico: A nossa ideia e metodologia de treino não se modifica por ser o FC Porto ou União da Madeira. A equipa está, felizmente, sem jogadores lesionados. Posso ter as soluções que eu quiser. Isso é muito bom. Estamos preparados para um jogo difícil, um jogo que, neste momento, tem mais do que os três pontos em disputa [título]. É um dois em um, estamos, com estivemos sempre, confiantes, serenos, com a pressão normal para ganhar. Estamos muito confiantes e vamos fazer um grande jogo no Dragão.

Jogo fora das quatro linhas: Isso são situações extrafutebol. O presidente já tem muita experiência e sabemos quanto é importante a comunicação trazer algumas coisas a público para se falar. Sabemos que são assuntos extrafutebol e, em relação à equipa... a maior parte do plantel nem deve saber desse tema.

Menor pressão para o FC Porto: Como é que se pode pensar nisso? É um Clássico, são duas equipas que querem ganhar. Independentemente de uma ter objetivos traçados e de a outra não ter, isso não tira direito ao FC Porto, nem pressão, porque vai jogar com um rival. Vão querer ganhar e jogar bem, o Sporting vai querer a mesma coisa, com um objetivo diferente do FC Porto. O FC Porto não está habituado a ficar em terceiro, têm de pensar porquê.

Carrillo: Cumprimentei-o, com respeito. Foi meu jogador, portou-se sempre bem enquanto trabalhou. Não me interessa a cor do clube onde está, trato sempre treinadores, jogadores e dirigentes com respeito. Já estive de um lado e agora estou de outro. O que importa é o respeito.

Melhor registo de sempre do Sporting: Faltam 9 pontos em disputa e podemos fazer 80 e muitos pontos. Espero que dê para ser campeão. São números que são verdadeiros e é um fator de um campeonato excelente, não só pelo que o Sporting tem feito em termos de classificação e exibições. Falta a cereja em cima do bolo. Até ao último jogo temos essa possibilidade e vamos trabalhar com essa convicção.

Jogo na Luz (vitória 3-0) é inspiração?: São equipas diferentes, em momentos diferentes, a nossa inspiração e confiança não vem daquilo que fizemos há uns meses atrás, mas daquilo que fazemos todos os dias e, principalmente, do que fizemos nos últimos jogos. Achamos que temos valor para vencer. Estamos serenos e confiantes.

Presente do Vit. Guimarães: Benfica e Sporting não quebram depois do dérbi. Têm vencido todos os jogos, está a ser uma luta taco-a-taco e acreditamos que vai ser assim até ao fim. Guimarães? Pode ganhar, claro que sim. Não há jogos que se ganham antes. Estamos todos, Sporting e Benfica, sujeitos a haver surpresas. Se eu acredito? Não tenho de o fazer, tenho é de confiar e de ficar à espera do que possa acontecer. O importante é focarmo-nos no que temos de fazer, que é jogar bem amanhã no Dragão.

Jefferson: Clinicamente está curado, mas não vai estar no jogo. Fisicamente esteve algum tempo parado e não tem ritmo de jogo.

Terceiro lugar do FC Porto: É uma equipa com muito valor, com jogadores com qualidade. Nestes jogos contra os rivais, a classificação não determina que possa haver superioridade no jogo. Qualquer uma das equipas pode vencer.

A diferença em Jorge Jesus: Há muita gente que não está a gostar da sua pergunta [jornalista]. Em todas as atividades isto acontece. Somos todos diferentes. No futebol é preciso ser muito criativo e, muitas vezes, autodidata. Isto está relacionado com cada um de nós. Tenho o privilégio de os meus jogadores dizerem que eu sou diferente, pela forma de olhar para o treino, de olhar para o jogo e para o jogador, individualmente. Isto não vem nos livros. Tem que ver com a criatividade de cada treinador. Tenho vindo a crescer e aprender com os meus jogadores. Todos os dias passo horas e horas a criar. Estou sempre a inventar. É isso que, nas nossas profissões, nos faz fazer a diferença.

Papel diferente dos extremos: Vamos jogar contra dois laterais que têm muita qualidade ofensiva. Um deles conheço e é fantástico ofensivamente. É normal que tenhamos alguma atenção ao movimento dos laterais, mas a estratégia não vai fugir muito do que fazemos em todos os jogos. A diferença, relativamente ao União da Madeira, por exemplo, é a qualidade dos jogadores. Não vamos fugir, em nada, do que são as nossas movimentações defensivas. Ofensivamente? Isso já é um problema do treinador do FC Porto.