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'S. Iker' defendeu (quase) tudo e recuperou estatuto de herói

O guarda-redes espanhol foi o homem do jogo, no dia em que tudo correu bem a José Peseiro e praticamente tudo correu mal a Rui Vitória.

'S. Iker' defendeu (quase) tudo e recuperou estatuto de herói
Notícias ao Minuto

23:17 - 12/02/16 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto Análise

Análise: Está relançado o campeonato! Se há cerca de um mês o Benfica estava a sete pontos da liderança, os ‘encarnados’ entraram na Luz com seis pontos de vantagem sobre os ‘dragões’, e acabam o jogo com apenas três pontos de avanço sobre o terceiro.

Mas vamos por partes. Num jogo intenso, em que as equipas entraram empenhadas em conquistar a vitória, até foi o Benfica quem começou da melhor maneira. Sempre a procurar as saídas rápidas para o contra-ataque, contra um FC Porto muito organizado, mas com as linhas demasiado subidas, os ‘encarnados’ ameaçaram por intermédio de Jonas, mas o golo inaugural surgiria pouco depois.

Com apenas 18 minutos de jogo, Renato Sanches mostrou o porquê de ter ‘meio mundo’ no seu encalço. O médio de apenas 18 anos recebeu uma bola com o peito, à entrada da área ‘azul e branca’, pensou mais rápido do que tudo e do que todos, e serviu-a numa ‘bandeja’ para Mitroglou. O grego, só com Casillas pela frente, rematou muito colocado e abriu o marcador na Luz.

O FC Porto não baixou os braços e partiu de imediato em busca da resposta, que viria a surgir apenas 10 minutos depois. Héctor Herrera, com um belo remate de fora da área, atirou a bola para o fundo das redes de Júlio César. Estava feito o empate, mas o marcador não iria ‘descansar’ por aqui.

Ambas as equipas, claramente viradas para o ataque, proporcionavam um belo jogo no Estádio da Luz. O Benfica, mais ‘desgarrado’, ia causando calafrios à defesa portista, e não fosse Iker Casillas e o balde de água fria podia ter mesmo sido real, ainda antes do apito para o intervalo.

Segunda parte, igual toada. O FC Porto tentava sair de forma organizada para o ataque, mas era o Benfica que ia sempre criando mais perigo. Iker Casillas defendeu tudo o que havia para defender, e ia enervando as bancadas.

Do outro lado, o FC Porto, bem mais eficaz, haveria de chegar à vantagem à passagem do minuto 64. Brahimi, um dos mais interventivos na partida, assistiu Aboubakar, depois de uma boa jogada individual. O camaronês não perdoou e, embora Júlio César ainda tenha conseguido tocar na bola, o esférico só haveria de parar no fundo da baliza.

Estava consumada a reviravolta. O Benfica, empolgado por uma multidão de mais de 61 mil adeptos nas bancadas, partiu com tudo para cima do FC Porto, mas havia alguém que estava empenhado em estragar a festa ‘encarnada’: Iker Casillas, o homem do encontro, defendeu tudo, e permitiu aos ‘dragões’ saírem da Luz com três preciosos pontos.

José Peseiro, muito contestado depois da derrota sofrida frente ao Arouca, ganhou novo fôlego, e, caso o Sporting ‘deslize’ amanhã frente ao Nacional, na Choupana, poderá acabar a 22ª jornada a apenas três pontos da liderança.

Homem do jogo: Iker Casillas. Não há volta a dar. Se alguém estava empenhado em ser o ‘desmancha prazeres’ da ‘cavalgada’ benfiquista – que já não conhecia outro resultado que não a vitória há 11 jogos consecutivos – era o internacional espanhol. Tirando o golo madrugador de Mitroglou, Casillas defendeu tudo o que havia para defender, com algumas estiradas fantásticas pelo meio, e calou as muitas vozes de contestação que aumentavam de tom relativamente à sua qualidade.

Rui Vitória: O técnico ‘encarnado’ repetiu a fórmula que, na passada semana, lhe permitiu derrotar o Belenenses por 5-0, mas com resultados drasticamente diferentes. Pese embora o Benfica tenha protagonizado os momentos mais perigosos da partida, fê-lo sempre de forma desgarrada, sem grande organização, tanto na defesa como no ataque. Se a estratégia de jogo não foi a mais apropriada, as substituições foram ainda piores. Os adeptos benfiquistas exaltaram quando, aos 80 minutos, Rui Vitória fez Salvio regressar à competição, mas a alteração acabaria por ter efeitos desastrosos na equipa. A entrada do argentino – visivelmente fora de forma e com pouca capacidade para fazer a diferença – acabou por ‘eclipsar’ Gaitán da partida, obrigando-o a recuar para lateral-esquerdo, e retirar poder ofensivo à sua equipa.

José Peseiro: O FC Porto pode não ter sido a equipa mais rematadora da partida, mas, sempre que o fez, fê-lo com critério e perigo. José Peseiro montou uma equipa muito bem organizada, com um elemento que acabou por ser fundamental: Chidozie, central nigeriano de apenas 19 anos, estreou-se pelo FC Porto no campeonato, e logo frente ao Benfica, mas nunca acusou a pressão. O jovem da equipa B foi decisivo na defesa e mostrou sempre muita classe a construir. Um pouco a fazer lembrar Otamendi. O jovem atleta demonstrou uma capacidade de passe vertical fora do usual para um defesa-central, e foi uma das principais surpresas da partida.

Artur Soares Dias: O árbitro da Associação de Futebol do Porto não teve grande trabalho, e sai da Luz sabendo que não teve influência no resultado. Sem lances muito duvidosos para ajuizar, Artur Soares Dias esteve bem no capítulo técnico e disciplinar. O único lance que poderia merecer maior escrutínio ocorreu aos 31 minutos, quando os jogadores do Benfica pediram penálti por mão de Aboubakar. O árbitro decidiu não assinalar e merece o benefício da dúvida.

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