Hélder Barbosa está neste momento ao serviço dos gregos do AEK, equipa que está no segundo lugar do campeonato local, atrás do Olympiacos de Marco Silva. O antigo jogador do FC Porto e do Sp. Braga, em exclusivo ao Desporto ao Minuto, conta alguns pormenores da sua experiência na Grécia e afirma que não descartaria nenhuma proposta “fosse de que clube fosse”.
Estás há dois anos a jogar no AEK da Grécia. Como tem sido esta experiência?
Muito boa! Passei por uma altura que não foi tão positiva pelo facto de ter vindo jogar para a segunda divisão. Mas adaptei-me muito bem à cidade [Atenas] e a minha família está cá comigo e está muito feliz também. As coisas este ano estão a correr bem porque voltámos à primeira divisão. Estamos a fazer um bom campeonato, mas acabamos por estar um pouco longe de um dos nossos rivais [Olympiacos]. Mas a equipa subiu agora e está em aberto a possibilidade de irmos à Europa.
Falaste no Olympiacos, que está no primeiro lugar, à frente, precisamente, do AEK. Como analisas o trabalho de Marco Silva aí na sua primeira época na Grécia?
Tem feito um excelente trabalho. As pessoas aqui, principalmente os adeptos do Olympiacos, reconhecem bastante o que tem conseguido. Acabou por bater alguns recordes e a equipa também tem praticado muito bom futebol, o que é muito mérito do Marco, que chegou cá e colocou a equipa a jogar muito bem.
O que te levou a aceitar este convite do AEK?
Principalmente foi pelo projeto que me tinham mostrado. Como é óbvio, nós tínhamos um projeto claro de subir à primeira divisão, logo no ano em que cheguei, e ao saber que era uma equipa que ia lutar por títulos, isso fez-me aceitar o convite. Sabia também que ia passar um ano complicado na segunda divisão, com um futebol muito físico, com campos em muito más condições, onde era muito complicado jogar. Mas, sujeitei-me a isso e estou muito contente por ter passado esse ano e as coisas terem corrido muito bem. Tenho também o sonho de voltar a jogar nas competições europeias e espero que isso aconteça já na próxima época.
Tendo em conta que o FC Porto foi o clube que te formou e viu crescer… Se recebesses um convite de Benfica ou Sporting ias considerar?
Claro que sim. Acima de tudo somos profissionais. Eu tento sempre tirar o máximo de rendimento, independentemente do clube onde estou. Mais do que nós crescermos num lado ou noutro, acabamos sempre por defender o clube que nos paga, com todas as forças. Nunca negaria, à partida, uma proposta fosse de que clube fosse.
Esta época já realizaste 18 jogos ao serviço do AEK, onde marcaste sete golos. Pode dizer-se, claramente, que estás a fazer uma boa época. Com isto, ainda pensas numa possível chamada à seleção?
Representar o país onde nascemos é o expoente máximo para qualquer jogador. É claro que é um sonho voltar à seleção. Se um dia voltar à seleção, vou representar Portugal com o maior orgulho e maior alegria.
Mas achas que podes ficar um pouco 'esquecido' por estares a jogar na Grécia?
Sinceramente, acho que não. O selecionador conhece bem o país e certamente terá ligações cá, por isso não me sinto esquecido. Sinto-me concentrado no meu trabalho, com o sonho de um dia poder representar a seleção outra vez.
Sonhas então com uma possível chamada de Fernando Santos para o Euro’2016?
Se representar a minha seleção já era um sonho, ir ao Europeu era um sonho a dobrar (risos).