Benfica passa teste de fogo contra arsenalistas de 'pólvora seca'
Golos de Pizzi (3’) e de Lisandro López (10’) deram vantagem benfiquista que se ajusta perante um Sp. Braga ineficaz. O emblema de Paulo Fonseca nunca conseguiu recuperar do golo madrugador de Pizzi.
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Desporto I Liga
A lição a retirar do jogo é esta: quem é favorito à partida tem de comprovar essa melhor fase dentro de campo. E isto foi tudo o que o Benfica conseguiu, afastando desde logo a pressão extra devido aos resultados mais recentes com o tento de Pizzi. O emblema da Luz tinha obrigação de vencer para subir ao 3.º lugar e está agora com mais um ponto que os minhotos e a nove do Sporting (mas com menos um jogo).
A eficácia esteve do lado da turma de Rui Vitória, que manteve Sanches no centro e apostou em Lisandro López, André Almeida e Fejsa como titulares. Aos 3’, Pizzi mostrou o que é classe com uma simulação brilhante antes de finalizar. 1-0, num lance onde Kritciuk tem culpas, pois acaba por colocar a bola dentro da sua baliza.
O segundo golo haveria de surgir pouco depois, com Lisandro López a fazer de ponta de lança. Na sequência de um canto, o central recebeu a bola com o peito e rematou rasteiro e colocado para a baliza minhota. Foram dois golos em duas oportunidades e o Benfica passou a comandar como quis.
O Sp. Braga apenas se pode queixar da falta de discernimento na hora de finalizar e do azar num lance em que Hassan enviou a bola ao poste. Na recarga, Júlio César foi o herói ao defender quase por instinto o 'tiro' de Rafa. Seria o 2-1 e o jogo estaria relançado.
A estratégia do Benfica passou – e bem – por anular Rafa e o jogo dos bracarenses perdeu criatividade e poder de fogo. Os constantes cruzamentos para a área encontraram duas paredes: Lisandro López e Jardel. O argentino esteve incansável.
Após o intervalo, o Sp. Braga entrou mais controlador, mas não conseguiu ser dominador. O Benfica estava bem organizado e criou mesmo a primeira grande chance após um estrondoso remate de Gaitán à trave da baliza de Kritciuk. Do lado da equipa da casa, Filipe Augusto imitou o argentino, enviando a bola à trave na conversão de um livre (quase) perfeito.
Até ao final do jogo, ambas as equipas tentaram chegar ao golo a espaços, mas com situações de menor perigo. O jogo foi-se arrastando até aos 90' com um Sp. Braga que tinha mais vontade do que capacidade anímica e que não revelou acerto na finalização.
Homem do jogo:
Pizzi. O jogador desbloqueou um jogo que se afigurava complicado para a turma da Luz com um golo logo aos 3’. Jogou e fez jogar a equipa, tento tentado o golo em mais uma ou outra ocasião. O médio mostrou a Vitória que é uma alternativa válida e provou-lhe que este errou ao não apostar em si desde o início da época. Uma nota de destaque para Lisandro López, que marcou o segundo tento, e foi imperial no centro da defesa.
Treinadores:
Paulo Fonseca: Mais do que ter estado mal, o golo madrugador do Benfica acabou por não permitir perceber se a sua estratégia seria a correta. Mas o seu Sp. Braga foi sempre uma equipa banal ao longo do encontro. Hassan foi o homem mais inconformado, mas o estilo de jogo mais direto também não o favoreceu. A falta de criatividade da equipa foi notória ao longo do encontro e o técnico tardou em colocar Filipe Augusto em campo. Um erro. O brasileiro mexeu com o jogo, mas já foi tarde de mais.
Rui Vitória: Num Benfica com várias baixas, Rui Vitória apostou em Lisandro para o centro da defesa e Fejsa e Renato Sanches para o meio-campo. André Almeida ocupou o corredor direito. Durante a partida o treinador esteve bem ao colocar Jonas e Jiménez no setor ofensivo quando o Sp. Braga estava mais adiantado no terreno e, por isso, havia maiores espaços para contra-atacar. Esteve bem no contexto geral de um jogo que ficou controlado praticamente desde o apito inicial.
Árbitro: Hugo Miguel não teve influência em toda a primeira parte, dirigindo o encontro quase sem se notar a sua presença. O juiz esteve bem ao longo de todo o jogo, decidindo corretamente os lances de maior dificuldade. Acabou por ser um jogo fácil e sem casos dignos de gerar dúvida.
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