Com seis títulos conquistados em 2015, nos quais se incluem os 'majors' da Austrália e de Wimbledon, Djokovic, que se estreia frente ao brasileiro João Sousa, pode escudar-se na liderança do 'ranking' para ser considerado um natural favorito à vitória final, embora a época dominadora do sérvio tenha sido beliscada nas últimas semanas.

Nos últimos confrontos com aqueles que, à partida, serão os principais rivais em Flushing Meadows, Djokovic foi batido pelo britânico Andy Murray, na final do Masters 1000 de Montreal, e pelo suíço Roger Federer, na final do Masters 1000 de Cincinnati, o que torna ainda mais difícil atribuir um claro favoritismo a um dos três no último 'Grand Slam' de 2015.

Por isso, e analisando as recentes exibições dos a três principais candidatos, o número dois mundial Roger Federer parece ser o que chega a Nova Iorque em melhor forma, depois de uma brilhante campanha em Cincinnati, torneio que venceu de forma categórica sem perder qualquer 'set' mesmo tendo jogado frente a Murray e Djokovic.

O suíço estreia-se no torneio frente ao argentino Leonardo Mayer.

Já o britânico Andy Murray, número três do 'ranking', procura passar pela primeira vez os quartos-de-final, depois de ter levantado o troféu em 2012. Após o excelente nível apresentado em Montreal, que lhe valeu a vitória no torneio, Murray voltou a apresentar-se em bom nível em Cincinnati, mas aí acabou por cair frente a Federer.

Ainda assim, que irá ter uma difícil ronda inaugural face ao australiano Nick Kyrgios, demonstra estar a atravessar um dos melhores momentos da época, que lhe dão boas chances de 'sonhar' com as últimas rondas do torneio.

À partida, mais longe de um triunfo parece estar o suíço Stanislas Wawrinka, número cinco mundial, que tem como melhor resultado em Nova Iorque uma meia-final em 2013, e o japonês Key Nishikori, quarto do 'ranking', que no ano passado surpreendeu ao chegar à final.

Quanto ao atual detentor do troféu, o croata Marin Cilic, está ainda à procura da sua melhor forma, depois da lesão no ombro direito que o fez perder os primeiros meses da temporada, ocupando atualmente a nona posição do 'ranking'.

À procura da melhor forma está também o espanhol Rafael Nadal, mas a época discreta que o número três mundial vem 'rubricando' deixam-no longe de poder sonhar com o terceiro título do 'Grand Slam' americano.

Quanto a portugueses, João Sousa é o único que irá disputar o quadro principal, depois de ter caído na terceira ronda na Austrália, na segunda em Paris e na primeira em Wimbledon. O vimaranense, 46.º da hierarquia mundial, inicia-se na prova frente ao lituano Ricardas Berankis, número 78 do mundo.

No quadro feminino, o nome de Serena Williams é incontornável, pois a norte-americana já demonstrou que nem sequer precisa de estar ao ser melhor nível para levantar um troféu do Grand Slam. Aconteceu assim em Roland Garros e também em Wimbledon, mas a vitória acabou, em ambas as ocasiões por sorrir à número um mundial.

De resto, Williams, vencedora em Nova Iorque em seis ocasiões, procura igualar a alemã Steffi Graf em número de 'majors', com 22, o que acontecer lhe dá a quinto triunfo consecutivo em 'Grand Slams', depois de ter vencido o US Open de 2014 e todos os principais torneios de 2015.

Como principais rivais, a norte americana terá a russa Maria Sharapova, numero três mundial, e a bielorussa Victoria Azarenka, que historicamente é uma das tenistas que causa maiores problemas à norte-americana, como ficou provado nos quartos-de-final de Wimbledon.

Os jogos do quadro principal da 135ª edição do US Open iniciam-se no dia 31 de agosto, com a final agendada para o dia 13 de setembro.