O Record revela este sábado alguns dados sobre a auditoria realiza pela Mazars à gestão imobiliário do Sporting. Os primeiros dados permitem concluir que os proveitos de 174,401 milhões conseguidos entre 1993 e 2013, relativos a operações no imobiliário, em nada serviram para reduzir o passivo bancário do Grupo nem para o financiamento do estádio ou da Academia.
O primeiro dado que causa apreensão é o facto de o clube de Alvalade em menos de uma década passar de dívdas de 564 mil euros para 283 milhões. Neste processo há um rosto que se destaca: Godinho Lopes, antecessor de Bruno de Carvalho.
Segundo o relatório, a derrapagem de custos verificada sob o mandato do engenheiro, ainda como vice 'verde-e-branco' é de perto de 80 milhões, contabilizando-se os custos com o novo estádio e a Academia.
Mas há outras conclusões que impressionam pela dimensão dos números envolvidos, desde logo pela "tendência crescente e vertiginosa" no que respeita a financiamentos. A dívida que era de 564 mil euros em dezembro de 1994 transformou-se em 283,038 milhões em junho de 2013. E há um rosto que emerge da súmula feita pelo auditor: Godinho Lopes.
Por exemplo, no caso da escola 'leonina', refere-se no documento que Godinho projetara gastos de 5 milhões de euros. Porém, o custo final foi de 18,58 milhões. A diferença total, nas duas obras – estádio e Academia - é de 91,853 milhões de euros.
Esta é apenas a ponta de um 'iceberg' que promete gelar amanhã, domingo, quando forem apresentados os resultados finais das averiguações, os adeptos do 'leão'.