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"Telefona-me dentro de nove anos"

O bicampeão Lewis Hamilton já se estabeleceu como o piloto britânico com maior número de vitórias na F1. Tem 33 vitórias, mais duas do que Nigel Mansell e mais seis do que Jackie Stewart.

"Telefona-me dentro de nove anos"
Notícias ao Minuto

16:10 - 23/11/14 por O Jogo

Desporto Lewis Hamilton

Lewis Hamilton nasceu no país que mais campeões do mundo de Fórmula 1 produziu (10), mas os britânicos sempre procuraram nele um sucessor das suas "lendas" do automobilismo e, no domingo, viram-no sagrar-se bicampeão.

Numa nação sempre à procura do "novo Jackie Stewart", do "novo Jim Clark" ou do "novo Nigel Mansell", não é de estranhar que, desde cedo, também tenham visto Hamilton como um deles.

Hoje, no Grande Prémio de Abu Dhabi, Lewis Hamilton aproximou-se mais da lenda, ao vencer a última prova do campeonato e repetir o título conquistado em 2008.

Para o estatuto de Hamilton muito contribuiu a sua ascensão quase "meteórica". Em 1995, dois anos depois dos primeiros passos nos karts, ergueu o troféu de campeão do Reino Unido, numa cerimónia que viria a marcar a sua carreira. Presente no evento estava o patrão da McLaren, Ron Dennis, de quem Hamilton se aproximou e disse: "Um dia quero correr para si".

Ron Dennis deu-lhe um autógrafo e na dedicatória escreveu que Hamilton lhe deveria "telefonar dentro de nove anos". Menos de três anos depois já Ron Dennis tinha assinado contrato com Hamilton, para o programa juvenil da McLaren-Mercedes, com o objetivo assumido de o transformar num campeão do mundo.

Depois da aprendizagem, o jovem Hamilton progrediu para os monolugares da Fórmula Renault series em 2002, um campeonato que ganhou no seu segundo ano. Logo na época a seguir, em 2004, passou para a Formula 3 Euroseries e, de novo ao segundo ano, ergueu o troféu. Seguiu-se a GP2 Series, campeonato que ganhou logo na época de estreia, em 2006.

À entrada da época de Fórmula 1 de 2007, a McLaren estava a despedir-se do finlandês Kimi Raikkonen, de saída para a Ferrari, e do colombiano Juan Pablo Montoya, a caminho do NASCAR, e por isso precisava de dois pilotos. Apostou em Hamilton para fazer equipa com o espanhol Fernando Alonso, então campeão em título.

A primeira época de Hamilton na F1, em 2007, foi de estrondo: terminou no pódio nas primeiras nove corridas da temporada, incluindo dois segundos lugares e duas vitórias: a primeira da carreira no GP do Canadá e a segunda no dos Estados Unidos.

Por esta altura, Hamilton, então com 22 anos, liderava o campeonato e os adeptos britânicos já sonhavam com o "impensável": o título de campeão no ano de estreia.

Apesar do final de época marcado por acidentes em pista e "choques" fora dela com Alonso [mas com mais quatro vitórias], Hamilton chegou à última corrida do ano, no Brasil, à frente da classificação, com quatro pontos de vantagem sobre o espanhol e sete sobre Raikkonen (Ferrari).

Um problema mecânico em Interlagos custou-lhe o título e Raikkonen foi campeão por apenas um ponto.

"Tenho estado em contacto com as corridas de automóveis nos últimos 60 anos e ele é, com toda a certeza, a melhor lufada de ar fresco que tivemos. Não é só o facto de conseguir conduzir, é óbvio que consegue conduzir, mas ele é um verdadeiro piloto de corridas, consegue ver um espaço e atira-se a ele", descreveu então Sir Stirling Moss, um dos mais emblemáticos pilotos britânicos, que foi quatro vezes vice-campeão do mundo e nunca chegou ao título.

No ano seguinte, em 2008, já sem Alonso na McLaren, Hamilton também chegou à última corrida, no Brasil, à beira do primeiro. Com uma vantagem de sete pontos, o britânico apenas precisava de ficar em quinto para erguer o troféu. Na última volta estava num incrível sexto lugar, mas uma ultrapassagem de última hora a Timo Glock deu-lhe o primeiro título por apenas um ponto. Por um se perde e por um se ganha.

Quando todos pensavam que Hamilton iria iniciar um ciclo de vitórias, o terceiro ano na McLaren revelou-se um pesadelo. O carro tardou em ser competitivo e Hamilton fechou o ano em quinto, somente com duas vitórias e dois pódios.

Em pleno reinado de Sebastien Vettel (Red Bull) -- campeão de 2010 a 2013 - a McLaren não parecia ter condições de voltar a dar a Hamilton um carro para lutar pelo título. Em setembro de 2012, o britânico anunciou que iria correr pela Mercedes a partir do ano seguinte.

Pela marca alemã, Hamilton ganhou na Hungria e fez outros quatro pódios, o que lhe valeu o quarto lugar no campeonato de 2013.

Na época de 2014, com a Fórmula 1 a digerir novas alterações técnicas (motores V6 híbridos), cedo se percebeu que a Mercedes estava muitos furos acima de qualquer outra escuderia. Isso significou uma nova - e intensa - luta com Nico Rosberg, que só terminou hoje, com o alemão a terminar a corrida a mais de uma volta com problemas no seu carro.

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