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Fontaine: o maior goleador do Mundial

O maior goleador de uma só edição de um Mundial era também um futebolista bem humorado. A história das chuteiras emprestadas é imperdível.

Fontaine: o maior goleador do Mundial
Notícias ao Minuto

12:45 - 23/03/14 por O Jogo

Desporto Futebol

É justo dedicar uma destas histórias dos Mundiais de futebol a Just Fontaine, hoje com 80 anos de idade e a viver em Toulouse. Só jogou um Mundial, precisamente na Suécia, em 1958, mas foi o suficiente para o atacante - que dedicou quase toda a carreira ao Reims, nos bons tempos deste clube francês - se tornar num inesquecível goleador.

Filho de pai francês e de mãe espanhola, Just nasceu em Marraquexe, Marrocos, em 1933, numa altura em que ingleses e franceses colonizavam a meias o país. A França até nem chegou com ambições altas à Suécia, aliás, a imprensa até se divertiu com o facto de os franceses terem sido os primeiros a chegar para o campeonato... "Vão ser os primeiros a ir embora"... Mas não foi assim. Fontaine fez uma dupla fenomenal com Kopa (que saiu do Reims para o Real Madrid) e com eles a França chegou muito longe: ficou em terceiro, batendo a Alemanha Ocidental por 6-2, num jogo mítico para Fontaine, que fez um póquer. Os alemães nunca mais se esqueceram dele, os gauleses também não, nem quem ama o futebol: 13 foi o número total de golos no Suécia/1958.

Para além de grande futebolista, Just Fontaine tinha também piadas curiosas. E brincou em diversas entrevistas com o facto de ter ido para o Mundial sem uma das suas botas.

Contou o próprio, há poucos anos: "Naquela altura tínhamos apenas dois pares de chuteiras e nenhum patrocinador... Felizmente, o Stéphane Bruey, o meu companheiro que estava nas reservas, calçava o mesmo número que eu e emprestou-me as dele. Seis jogos e 13 golos depois, devolvi-as. Acho engraçado pensar que alguns dos meus golos foram inspirados pela soma de dois espíritos dentro do mesmo sapato"...

Dividiu os golos pelos dois pés (sete com o direito, cinco com o esquerdo) e marcou um de cabeça. Infelizmente, terminou a carreira muito cedo (26 anos). Num jogo com o Sochaux, sofreu uma entrada violenta, fraturou a tíbia e o perónio. Um ano depois voltou aos relvados, mas num jogo com o Limoges, a 1 de Janeiro de 1961, voltou a sofrer uma fratura no mesmo sítio. O futebol mundial perdeu um extraordinário goleador.

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