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Militares do Eisenhower querem conhecer cultura e gastronomia de Lisboa

Quase cinco mil militares norte-americanos do porta-aviões Dwight Eisenhower visitam Lisboa e algumas cidades perto da capital nos próximos três dias, para conhecer "a cultura e a gastronomia" após um ano de missão em alto mar.

Militares do Eisenhower querem conhecer cultura e gastronomia de Lisboa
Notícias ao Minuto

15:20 - 20/06/13 por Lusa

Cultura Visitas

Quase cinco mil militares norte-americanos do porta-aviões Dwight Eisenhower visitam Lisboa e algumas cidades perto da capital nos próximos três dias, para conhecer "a cultura e a gastronomia" após um ano de missão em alto mar.

Pela terceira vez em seis anos, o porta-aviões USS (United States Ship) Eisenhower, um dos maiores da Marinha norte-americana, está fundeado ao largo de Lisboa, numa das últimas paragens antes de "voltar a casa", a base militar de Norfolk, no estado da Virgínia.

"Estivemos em missão ao longo do último ano na zona do Golfo Pérsico, em apoio a operações naquela zona, depois voltámos aos Estados Unidos no Natal porque o navio precisava de alguma manutenção e a nossa missão foi reconfigurada", adianta à Lusa a comandante-tenente Jodie Cornell, das relações públicas do USS Eisenhower, durante uma visita de jornalistas portugueses ao navio.

O porta-aviões norte-americano cruzou-se também nos últimos dias nos mares da Somália com a fragata portuguesa Álvares Cabral, que comanda a missão europeia de combate à pirataria naquela região.

"Não trabalhámos diretamente com a fragata Cabral, mas como estávamos em operações de segurança regional naquela área e como vocês também estavam foi um esforço conjunto", relata o contra-almirante Michael Gilday na receção aos jornalistas.

Os militares norte-americanos, que passaram os últimos três meses a dar apoio aéreo à missão internacional no Afeganistão, devem chegar aos Estados Unidos em meados de julho.

Na quarta-feira, antes das visitas a Lisboa e arredores, alguns pilotos participaram num treino conjunto com os caças F-16 da Força Aérea Portuguesa.

"Os nossos pilotos tiveram a oportunidade de contactar diretamente com os pilotos portugueses, voámos ontem contra os vossos pilotos e passámos um bom momento, como podem imaginar fomos nós que ganhámos, mas os nossos pilotos adoraram a experiência", diz com humor o capitão Terry Morris aos jornalistas.

Apesar de estar há quase quarenta anos a operar, os oficiais do "Ike", como é carinhosamente tratado o antigo presidente dos Estados Unidos, garantem que este porta-aviões vai continuar a operar por mais anos, apesar de estar em construção um novo navio.

"Neste momento estamos a construir uma nova classe de porta-aviões, também com capacidade nuclear, com o nome Gerald R. Ford, no estado da Virgínia, e no mês passado acabaram de constuir a pista de aterragem, está a atualmente nessa fase", observa Marcus Hitchcock, capitão em missão no Eisenhower, em resposta a um jornalista.

Questionados sobre se os aviões não tripulados (´drones') irão cada vez mais substituir o papel dos caças norte-americanos, os oficiais do Eisenhower disseram que ambos podem coexistir.

"O facto de se estar a construir a classe Ford, que é um investimento enorme, mostra que a aviação continuará no futuro, não construímos porta-aviões como esses para 'drones'", observou Hitchcock.

No navio, várias centenas de jovens militares (a média de idades é de 26 anos) preparam-se, já desfardados, para apanhar os cacilheiros que asseguram o transporte até à Doca Pesca de Algés.

"Temos 4800 pessoas a bordo que agora vão poder visitar Lisboa e algumas zonas perto da costa, que já ouvi dizer que são maravilhosas, experimentar a comida e a cultura da Lisboa nos próximos dias. Alguns dos nossos marinheiros também vão assistir a uma tourada e está marcado um jogo de basquetebol e outro de futebol com militares portugueses", refere Jodie Cornell.

A militar norte-americana salienta contudo que o regresso a casa pode ser interrompido a qualquer momento.

"Estamos sempre prontos para qualquer missão, qualquer situação que possa surgir no Mediterrâneo ou no Golfo Pérsico nós estamos prontos, se for preciso voltar para trás nós voltamos", afirma.

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