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Feira do livro foi começo de nova relação cultural com a Colômbia

O investigador colombiano Jerónimo Pizarro afirmou hoje que a Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), com Portugal como país convidado, foi apenas o começo de uma nova relação cultural que deve ser incentivada com a Colômbia.

Feira do livro foi começo de nova relação cultural com a Colômbia
Notícias ao Minuto

18:19 - 21/05/13 por Lusa

Cultura Bogotá

No encontro, hoje, em Lisboa, que serviu de balanço sobre a participação portuguesa na FILBo, realizada em abril, Jerónimo Pizarro foi condecorado com a Medalha de Mérito Cultural pela dedicação à cultura e literatura portuguesas e pelo trabalho feito na feira, como comissário de Portugal.

Investigador, tradutor e estudioso da obra de Fernando Pessoa, Jerónimo Pizarro repartiu os louros da condecoração com todos os que trabalharam para a participação de Portugal na feira, mas alertou que, em Bogotá, foram apenas lançadas sementes para a entrada da literatura portuguesa na Colômbia.

Resumidas as estatísticas, a presença de Portugal na FILBo representou a venda de 11.000 exemplares de literatura portuguesa, a tradução de 32 obras literárias, dezenas de encontros de escritores na feira, em escolas e universidades, e a presença de 16.000 pessoas no pavilhão português, afirmou o secretário de Estado da Cultura.

Jorge Barreto Xavier deixou ainda a intenção, corroborando Jerónimo Pizarro, de que Portugal deve aproveitar esta oportunidade para consolidar a presença cultural na América Latina.

O diretor-geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, José Manuel Cortês, recordou que, apesar de todos os apoios à tradução, a presença da literatura portuguesa na América Latina - exceptuando alguns clássicos contemporâneos - era "diminuta e difícil de penetrar".

Por isso, "a feira do livro de Bogotá foi muito importante e foi um sucesso, porque passaram a ter conhecimento sobre quem é o autor português", disse, sublinhando que agora "é preciso continuar a ter presença regular" naquele mercado, e avançar com novas traduções.

"Não bastam os apoios, é preciso haver mercado e criar uma bolsa mínima de tradutores", reforçou.

Jerónimo Pizarro, que junta aquela condecoração à comenda da Ordem do Infante D. Henrique, atribuída pelo Presidente da República em abril passado, afirmou ainda que seria bom que os países, em particular Portugal, descentralizassem os seus interesses e não pensassem apenas nos países mais próximos.

Na sessão de balanço sobre a FILBo estiveram presentes ainda outras figuras, como os escritores Vasco Graça Moura e Afonso Cruz, o ilustrador André Letria, a secretária-geral da Casa da América Latina em Lisboa, Manuela Júdice, a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, e o embaixador da Colômbia em Lisboa, German Santamaría.

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