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Manifestantes no Palácio da Ajuda pediram dinheiro para a Cultura

Os cartazes e as faixas sobraram para os cerca de 20 manifestantes que esta sexta-feira se juntaram frente ao Palácio da Ajuda, em Lisboa, para exigir mais dinheiro para a Cultura e a demissão do Governo.

Manifestantes no Palácio da Ajuda pediram dinheiro para a Cultura
Notícias ao Minuto

15:35 - 05/04/13 por Lusa

Cultura Protestos

A convocatória foi feita na quarta-feira pelo Manifesto em Defesa da Cultura (MDC) e além de Lisboa, na secretaria de Estado da Cultura, foram convocadas concentrações frente às delegações regionais da Cultura em Coimbra, Évora e Faro.

“Este é o momento, não queríamos deixar passar a semana em que foram divulgados os resultados dos concursos de apoio às artes, para dizer que estas políticas estão erradas”, disse à Lusa Pedro Penilo do MDM, que qualificou os resultados de “opacos”.

“Há reacções violentas a estes resultados”, afirmou Penilo, acrescentando que “os métodos [foram] pouco transparentes e irregulares”.

“Os concursos tinham no início estipulado montantes e números de projectos que foram depois alterados no seu final, portanto há uma série de estruturas que se queixam que não estão devidamente justificadas as razões porque não lhes foram atribuídas verbas que dantes eram entregues”, disse.

O artista plástico Pedro Penilo falou de um “garrote financeiro” no investimento na Cultura levando “ao fecho de pequenas, médias e grandes estruturas culturais”, a existência de “um grande desemprego na área cultural” e alertou “para a emigração de artistas que procuram trabalho além fronteiras”.

Os manifestantes pretendem que seja atribuído à Cultura um por cento do Orçamento do Estado.

Referindo-se às verbas, Pedro Penilo afirmou que “é dinheiro que não é para ser usado discricionariamente pelo secretário de Estado da Cultura, é dinheiro dos contribuintes para ser aplicado num montante compatível com as necessidades do país”.

Questionado pelo reduzido número de manifestantes Penilo afirmou: “Estamos cá os que estamos, mas não haja dúvidas da rejeição efectiva pelas políticas para a Cultura dos sucessivos governos”.

Os manifestantes exigiram a demissão do Governo.

“O que está acontecer é um assalto ao país, em que recursos financeiros importantes estão a ser canalizados para a banca e para os grupos financeiros, a exigência de um por cento do Orçamento do Estado para a Cultura é, não só compatível com a economia do país como é desejável, pois o investimento na Cultura é um factor de desenvolvimento”, disse Pedro Penilo.

“Quando chegamos a este ponto não há cultura que se safe”, rematou.

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