Museu do Chiado em obras reabre dois pisos com exposição de André Cepeda
O Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, vai reabrir no sábado dois pisos, no edifício da rua Serpa Pinto, com uma exposição do artista André Cepeda, anunciou hoje aquela entidade.
© Global Imagens
Cultura Lisboa
André Cepeda. Depois’ é o título desta exposição, com um conjunto de fotografias recentes realizadas no Porto, e curadoria de Sérgio Mah, que ficará patente até 25 de setembro.
O Museu do Chiado encerrou para obras, no final de março, e as galerias de exposição do edifício na rua Serpa Pinto deverão reabrir na totalidade a 17 de junho.
As obras visam a criação de uma ligação interna dos dois edifícios do Museu do Chiado - o da rua Serpa Pinto e o da rua Capelo -, e obrigaram ao encerramento das galerias de exposições dos três pisos do primeiro edifício, há pouco mais de dois meses.
No sábado reabrem dois pisos com a exposição do artista André Cepeda - nascido em Coimbra, em 1976 -, com a nova série de fotografias do Porto, cidade onde vive, e que é tema recorrente do seu trabalho artístico.
Nas imagens surgem ruas desertas, fachadas de edifícios, construções rudimentares, monumentos e ruínas, materiais e objetos abandonados "em cenários temperados pela melancolia e pela sensação de vazio", segundo um texto do curador sobre a exposição.
"O conjunto de imagens sugere um percurso físico -- e mental -- sobre vários locais de uma cidade onde a presença humana é residual. (...) É uma visão áspera e sensível, meditativa e crítica, que reage às circunstâncias espaciais, materiais e lumínicas que conferem a certos lugares e a certos objetos um caráter simultaneamente familiar e estranho, banal e misterioso", acrescenta Sérgio Mah.
"Mundo petrificado, silêncio de morte, tudo o que sobra são espaços, construções e objetos que indiciam uma história anterior. Depois é um trabalho sobre o que resta, mas também sobre o que queremos e estamos disponíveis para ver e fazer com as imagens, de resgatar a exigência de uma ética da observação e do pensamento sobre os lugares de todos os abandonos e esquecimentos", descreve ainda o curador.
De acordo com o gabinete de comunicação do Museu do Chiado, até à normalização do funcionamento das exposições, o valor do bilhete normal de ingresso tem um desconto de 50 por cento.
No final de janeiro deste ano, numa entrevista à agência Lusa, a nova diretora do museu, Aida Rechena, tinha avançado que as obras para a criação do corredor interior entre os dois edifícios deveriam ser concluídas em abril, no quadro do projeto de ampliação das instalações, iniciado há dois anos.
Na altura, a responsável indicou que o objetivo da criação do corredor era "facilitar a circulação no interior, entre os dois espaços expositivos, dando a possibilidade de criar um circuito contínuo para os visitantes, para ver as exposições de forma mais sequencial".
Atualmente, o Museu do Chiado possui duas entradas para os visitantes: a mais antiga, pela rua Serpa Pinto, e a entrada pela rua Capelo - onde funcionava anteriormente o Governo Civil de Lisboa -, inaugurada em julho do ano passado, na sequência das obras de ampliação do museu, no interior do Convento de São Francisco.
Situado no centro histórico de Lisboa, o Museu do Chiado foi fundado em 1911, como Museu Nacional de Arte Contemporânea, e o seu acervo integra mais de 5.000 peças de arte, num percurso cronológico desde 1850 até à atualidade, incluindo pintura, escultura, desenho, fotografia e vídeo.
Na entrevista à agência Lusa, em janeiro, a diretora, Aida Rechena, sublinhou que a ampliação do museu trará "a possibilidade de expor mais obras, maior diversidade de exposições, novos olhares sobre o acervo, e também reforçar a linha de internacionalização" do museu.
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