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Museu do Chiado em obras reabre dois pisos com exposição de André Cepeda

O Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, vai reabrir no sábado dois pisos, no edifício da rua Serpa Pinto, com uma exposição do artista André Cepeda, anunciou hoje aquela entidade.

Museu do Chiado em obras reabre dois pisos com exposição de André Cepeda
Notícias ao Minuto

13:15 - 04/05/16 por Lusa

Cultura Lisboa

André Cepeda. Depois’ é o título desta exposição, com um conjunto de fotografias recentes realizadas no Porto, e curadoria de Sérgio Mah, que ficará patente até 25 de setembro.

O Museu do Chiado encerrou para obras, no final de março, e as galerias de exposição do edifício na rua Serpa Pinto deverão reabrir na totalidade a 17 de junho.

As obras visam a criação de uma ligação interna dos dois edifícios do Museu do Chiado - o da rua Serpa Pinto e o da rua Capelo -, e obrigaram ao encerramento das galerias de exposições dos três pisos do primeiro edifício, há pouco mais de dois meses.

No sábado reabrem dois pisos com a exposição do artista André Cepeda - nascido em Coimbra, em 1976 -, com a nova série de fotografias do Porto, cidade onde vive, e que é tema recorrente do seu trabalho artístico.

Nas imagens surgem ruas desertas, fachadas de edifícios, construções rudimentares, monumentos e ruínas, materiais e objetos abandonados "em cenários temperados pela melancolia e pela sensação de vazio", segundo um texto do curador sobre a exposição.

"O conjunto de imagens sugere um percurso físico -- e mental -- sobre vários locais de uma cidade onde a presença humana é residual. (...) É uma visão áspera e sensível, meditativa e crítica, que reage às circunstâncias espaciais, materiais e lumínicas que conferem a certos lugares e a certos objetos um caráter simultaneamente familiar e estranho, banal e misterioso", acrescenta Sérgio Mah.

"Mundo petrificado, silêncio de morte, tudo o que sobra são espaços, construções e objetos que indiciam uma história anterior. Depois é um trabalho sobre o que resta, mas também sobre o que queremos e estamos disponíveis para ver e fazer com as imagens, de resgatar a exigência de uma ética da observação e do pensamento sobre os lugares de todos os abandonos e esquecimentos", descreve ainda o curador.

De acordo com o gabinete de comunicação do Museu do Chiado, até à normalização do funcionamento das exposições, o valor do bilhete normal de ingresso tem um desconto de 50 por cento.

No final de janeiro deste ano, numa entrevista à agência Lusa, a nova diretora do museu, Aida Rechena, tinha avançado que as obras para a criação do corredor interior entre os dois edifícios deveriam ser concluídas em abril, no quadro do projeto de ampliação das instalações, iniciado há dois anos.

Na altura, a responsável indicou que o objetivo da criação do corredor era "facilitar a circulação no interior, entre os dois espaços expositivos, dando a possibilidade de criar um circuito contínuo para os visitantes, para ver as exposições de forma mais sequencial".

Atualmente, o Museu do Chiado possui duas entradas para os visitantes: a mais antiga, pela rua Serpa Pinto, e a entrada pela rua Capelo - onde funcionava anteriormente o Governo Civil de Lisboa -, inaugurada em julho do ano passado, na sequência das obras de ampliação do museu, no interior do Convento de São Francisco.

Situado no centro histórico de Lisboa, o Museu do Chiado foi fundado em 1911, como Museu Nacional de Arte Contemporânea, e o seu acervo integra mais de 5.000 peças de arte, num percurso cronológico desde 1850 até à atualidade, incluindo pintura, escultura, desenho, fotografia e vídeo.

Na entrevista à agência Lusa, em janeiro, a diretora, Aida Rechena, sublinhou que a ampliação do museu trará "a possibilidade de expor mais obras, maior diversidade de exposições, novos olhares sobre o acervo, e também reforçar a linha de internacionalização" do museu.

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