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Summavielle quer programação criteriosa para o CCB e atrair os jovens

Elísio Summavielle, nomeado segunda-feira pelo ministro da Cultura para presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), afirmou hoje à Lusa que pretende "uma programação criteriosa, mas abrangente" e quer atrair os jovens.

Summavielle quer programação criteriosa para o CCB e atrair os jovens
Notícias ao Minuto

12:30 - 01/03/16 por Lusa

Cultura Nomeação

"Eu gosto de ver o Centro Cultural de Belém cheio de gente, eu acho que tem de haver uma programação criteriosa, claro, mas abrangente. Acho que os espaços públicos devem ser mais fruídos pelas pessoas, além dos auditórios, dos espaços expositivos e das galerias", disse hoje à Lusa Elísio Summacielle.

"Acho que é possível puxar pela juventude e ganhar público para a cultura, e é essa a missão do CCB, e é essa a missão da Fundação CCB", realçou.

Questionado sobre o convite de João Soares, Elísio Summavielle declarou: "O senhor ministro tinha várias personalidades em mente, mas a parir do momento em que fez a sua opção, e dada a relação antiga, longa e de confiança muito grande que tenho com o senhor ministro e ele relativamente a mim, não pude deixar de aceitar este desafio".

Um desafio que não implica o abandono da ideia do eixo Belém-Ajuda.

"Eu não diria que é o abandono de uma ideia, eu diria que é de um ideia de construção de uma ideia que eu próprio, enquanto desempenhei outras funções, como secretário de Estado da Cultura, julgo que fui o primeiro a sentar à mesa todos s intervenientes [da zona] Belém-Ajuda. É óbvio e redundante que é necessário uma coordenação de esforços da criação de uma marca nessa zona da cidade", disse.

O nomeado presidente do CCB afirmou que "obviamente aproveitar o trabalho positivo que nesse sentido que entretanto foi feito, é uma ideia que permanece", mas realçou que "a prioridade é dar vida a um monumento nacional que é o CCB".

Summavielle sublinhou ter "muito orgulho" em ter feito parte do projeto de classificação do CCB como monumento nacional.

Situado em Belém, o CCB é um projeto do arquiteto Manuel Salgado com o consórcio do arquitecto italiano Vittorio Gregotti.

O futuro responsável afirmou que "tem algumas ideias em mente", mas sublinhou que "é necessário avaliar o estado da arte, quando entrar em funções, e conversar com as equipas e as pessoas que lá estão, os funcionários".

"Quero ouvir determinadas opiniões antes de ter um mapa claro na minha cabeça sobre a melhor forma de melhorar a performance deste monumento", disse, considerando o CCB "muito grande e bonito", mas lembrando que "tem de ter vida para além da sua própria arquitetura".

O responsável reconheceu que provavelmente irá haver mexidas na atual configuração do conselho de administração, mas terá de avaliar com a tutela, o ministro da Cultura, antes de qualquer anúncio público.

Relativamente à gratuitidade das visitas à coleção Bernardo, patente naquele espaço, Elísio Summavielle afirmou: "não é uma questão que vejo com maus olhos, antes pelo contrário, acho muito positivo o contributo da Coleção Berardo no CCB e tudo farei para que se melhore a performance da galeria de arte e da coleção e que haja uma cooperação benéfica para todos".

O historiador Elísio Summavielle foi secretário de Estado da Cultura no Governo de José Sócrates e diretor-geral do Património Cultural no executivo de Pedro Passos Coelho.

Em fevereiro de 2012, foi nomeado diretor-geral do Património Cultural, sendo secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas, cargo do qual se demitiu a 05 de novembro desse ano, após a saída do detentor da pasta.

Militante do PS, Elísio Summavielle, 59 anos, candidatou-se em 2013 à presidência da Câmara de Mafra, que veio a perder, apesar de o partido ter registado uma subida de votação.

Elísio Costa Santos Summavielle nasceu em Lisboa e é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com especialização em História da Arte.

Em 1982, trabalhou no então Instituto Português do Património Cultural (IPPC), até 1990, data em que foi requisitado pela Câmara Municipal de Lisboa para exercer funções no gabinete do então vereador da Cultura, João Soares, e, posteriormente, no Departamento do Património Cultural.

Entre 1993 e 1994, no âmbito da Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura, foi administrador-delegado, por parte da Câmara de Lisboa, tendo sido responsável pela área de Intervenção Urbana, na qual foi comissário do projeto "Sétima Colina", e representante de Lisboa na Network of European Cultural Cities.

Em outubro de 2009, Elísio Summavielle deixou o cargo de diretor do Igespar para assumir a secretaria de Estado da Cultura, sendo na altura ministra Gabriela Canavilhas, cargo que ocupou até 2011.

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