Fotógrafo Álvaro da Silva Resende homenageado no Café Luso
Os fadistas Celeste Rodrigues, Maria Amélia Proença e André Baptista são alguns dos que participam, na quinta-feira, na Festa de homenagem ao fotógrafo Álvaro da Silva Resende, que se realiza em Lisboa, no Café Luso.
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Cultura Lisboa
A homenagem ao fotógrafo, conhecido no meio fadista como "o Barão", que morreu há dez anos, em 2005, insere-se nas celebrações do 4.º aniversário da proclamação pela UNESCO do Fado como Património Imaterial da Humanidade, e que se tem tornado uma tradição neste espaço no Bairro Alto.
Na quinta-feira à noite, é descerrada uma lápide em memória do fotógrafo, naquela que é uma das mais antigas casas de fado de Lisboa.
No ano passado, a homenageada foi Maria Amélia Proença, de 77 anos, que conta mais de 60 anos de carreira.
Álvaro da Silva Resende (1935-2005), natural do Porto, foi fotógrafo deste espaço fadista desde 1970 até à sua morte.
Silva Resende "era conhecido por todos como o 'barão', por ser um marialva, de aparência aristocrática, que gostava de bem trajar, que impressionava também pela sua polida e eclética inteligência", disse à Lusa fonte do Luso.
A mesma fonte referiu o "olhar acutilante, sensível e mordaz", de Álvaro da Silva Resende, que deu os primeiros passos na fotografia, em 1969, por intermédio do fotógrafo Francisco Cruz, que, atualmente, trabalha na Adega Machado e no Café Luso. Silva Resende colaborou também nos jornais A República e Record.
"Através da fotografia e das reportagens que fez documentou muito acerca do fado", disse a mesma fonte, que referiu ainda o interesse d''o barão' "pela fotografia livre, fotografar a mulher, tendo ainda captado diversos acontecimentos de magno interesse, como a revolução de 25 de Abril de 1974, o incêndio do Chiado, em 1988, e o funeral de Amália Rodrigues, em 1999".
"Na sua fotografia há personagens diversas, sendo que a cidade de Lisboa é ela própria a personagem eleita, ao encerrar nela a gente que a habita e por ela passa, entre famosos, mas sobretudo anónimos", rematou a mesma fonte.
A homenagem conta ainda com as participações dos fadistas Isabel Noronha, Pedro Moutinho, Raquel Tavares, Mafalda Arnauth, Maurício Cordeiro, António Pinto Basto, David Ventura, Teresa Tapadas, Liana, Ana Marta e Gustavo Pinto Basto.
O Café Luso, apontado como "catedral do fado", abriu portas em 1927 na avenida da Liberdade, em Lisboa, e em 1939 passou a ocupar as cocheiras e celeiro de um antigo palácio do século XVII, no Bairro Alto.
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