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Concerto no CCB é uma "prova de fogo" para a fadista Luísa Rocha

A fadista Luísa Rocha disse hoje à Lusa que o seu concerto, na próxima sexta-feira, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, é uma "prova de fogo" e "um ponto de viragem na carreira".

Concerto no CCB é uma "prova de fogo" para a fadista Luísa Rocha
Notícias ao Minuto

11:17 - 13/10/15 por Lusa

Cultura Música

Em declarações à Lusa, a criadora de "Não fales por falar" afirmou que o concerto na sala lisboeta lhe permitirá "perceber melhor a receção do público, depois do sucesso que foi a apresentação no festival 'Aqui mora o fado'", em Lisboa, no passado mês de setembro.

"A receção do público tem sido muito positiva, com as pessoas a acompanharem-me quando canto, dando sinal que sabem as letras e que também elas lhes tocam", disse a fadista que, na semana passada, atuou no salão nobre da câmara de Paris.

"O concerto no CCB é ao mesmo tempo um ponto de chegada e de partida, na medida em que, a partir de agora, irei seguir com uma outra consciência, talvez mais confiante, e certamente ainda com maior responsabilidade", declarou.

O espetáculo, explicou Luísa Rocha, divide-se em três momentos: "Um referente ao período antes de gravar o primeiro CD, com temas que incluía no meu repertório, o CD de estreia, 'Uma noite de amor', do qual irei cantar alguns fados, e, depois, o álbum que acabei de lançar, 'Fado veneno'".

Antes de cantar os temas de "Fado Veneno", o apresentador televisivo Carlos Malato, que assina o poema que dá título álbum, "faz uma breve alusão ao conceito do disco, com o qual encerro a noite".

No palco de Belém, a fadista é acompanhada pelos músicos Guilherme Banza e Ângelo Freire, em guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença, que produziu o álbum, em viola, e Daniel Pinto, na viola baixo.

"Fado veneno" foi antecipadamente elogiado pela BBC Radio3, que considerou a voz de Luísa Rocha "inebriante e sedutora" e é constituído apenas por poemas inéditos, alguns escritos propositadamente para a sua voz.

O CD, que inclui poemas de Maria de Lourdes de Carvalho, José Carlos Malato, Gonçalo Salgueiro e Nuno Miguel Guedes, entre outros, revela "uma evolução amadurecida e consistente na carreira, tendo sido muito refletido e feito com toda a calma necessária", de acordo com a fadista, que realçou que "há sempre muito para aprender".

Neste álbum, a fadista realçou ter tido "uma maior participação nas diferentes fases" criativas e tendo arriscado uma maior exposição de si própria.

"Na escolha de repertório expus-me mais, tive menos pudor, menos medo, despi-me mais dos preconceitos, quis mostrar ao público a minha forma de vida", disse.

Um dos poemas que gravou e que considera "autobiográfico" é "Ao som das tuas mãos", que o fadista e poeta Gonçalo Salgueiro escreveu para si, e que interpreta na melodia do Fado Súplica, de Armando Machado.

Salgueiro é também o autor de "Em ti", tendo, pela primeira vez, escrito um poema para uma composição pré-existente, neste caso, de autoria de Carlos Manuel Proença.

Outro fadista que escreveu para Luísa Rocha foi António Rocha, que aponta como seu "grande mestre", e que assina "Quando chegar a hora", gravado na melodia do Fado Alexandrino, de Joaquim Campos, o tema de eleição da BBC Radio3.

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