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Teatro invade ruas de Porto de Mós para assinalar 500 anos de foral

Quatro espetáculos de teatro invadem em setembro as ruas de Porto de Mós, no distrito de Leiria, uma das iniciativas para assinalar os 500 anos da atribuição do Foral Manuelino, numa parceria entre o município e a companhia Leirena.

Teatro invade ruas de Porto de Mós para assinalar 500 anos de foral
Notícias ao Minuto

20:08 - 26/08/15 por Lusa

Cultura Iniciativa

"São peças que deambulam pelas ruas", disse hoje à agência Lusa Frédéric da Cruz, diretor artístico do Leirena -- Companhia de Teatro de Leiria, explicando que as peças relacionam-se com a História do concelho, mas não são uma animação, nem uma recriação histórica, embora tenham como ponto de partida o foral.

Frédéric da Cruz adiantou que "são quatro espetáculos de teatro com início, meio e fim, apesar de serem chamados atos", e têm a participação de quatro grupos amadores do concelho que estão a ser dirigidos, cada um, por profissionais da companhia.

"São estes grupos que mantêm a arte teatral viva nas aldeias, nas freguesias", destacou o responsável, referindo que nas peças vão participar cerca de 40 atores amadores e mais quatro profissionais do Leirena.

O I e II atos, sobre o tempo antes do foral, decorrem nos dias 18 e 25 de setembro, junto à Ponte Nova e no largo Conde de Ourém, respetivamente. Participam os grupos Um Par de Cinco e Olaré e os espetáculos têm a designação de ‘Às contas com o foral’ e ‘A revolta’.

Já o III ato, ‘Ninguém, mas ninguém está acima do rei’, relativo à implementação do foral, foca o debate entre o povo e os grandes proprietários, com cada uma das partes a procurar defender a sua causa e a obter vantagens, adiantou o dirigente. O grupo é o Juncateatro e a exibição está agendada para 26 de setembro na praça da República.

No dia seguinte, a encerrar a iniciativa, em destaque vai estar a vida após o foral manuelino, no IV e último ato, designado "Há males que vêm por bem", com o grupo Trupêgo e o Castelo de Porto de Mós como cenário.

O Leirena tem cinco anos e nele trabalham sete atores, quatro dos quais a tempo inteiro.

Frédéric da Cruz afirmou que "esta é uma das estruturas profissionais que consegue ter uma programação plena, garantindo no final do mês os salários através das receitas", acrescentando que a companhia aposta em "espetáculos ou projetos onde o trabalho com a comunidade é a base de qualquer criação artística", garantindo dessa forma "público de teatro".

O responsável revelou que em outubro o grupo tem agendada para Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, a antestreia da peça ‘O Salto’, sobre os portugueses que, na década de 1960, foram a salto para França.

"Fizemos uma pesquisa de dois meses, junto da população local, mas também de Leiria, Pombal, Fundão e distrito de Santarém", declarou, explicando que deste trabalho saíram histórias que vão saltar para o palco e mostrando-se esperançado de que, também, tenha nascido daqui o "apetite" para as pessoas verem o espetáculo.

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