Ai Weiwei recupera passaporte e viaja para a Alemanha
O artista e dissidente chinês Ai Weiwei viajou hoje para a Alemanha, na primeira viagem desde que foi privado do passaporte pelas autoridades de Pequim, há quatro anos, anunciou a galeria alemã que o representa.
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Segundo disse à agência francesa AFP Stephan Urbaschek, da galeria Neugerriemschneider, de Berlim, Ai Weiwei, que recuperou há dias o passaporte, era esperado hoje em Munique, onde deve ter aterrado, vindo de Pequim, às 16:50 (hora local, mais uma do que em Lisboa).
Contente com o levantamento das "incompreensíveis" restrições de circulação impostas pelas autoridades chinesas ao artista, Stephan Urbaschek adiantou que Ai Weiwei deverá deslocar-se, nos próximos dias, a Berlim, onde a sua mulher e o seu filho de seis anos vivem.
Depois de ter recebido de volta o passaporte, Ai Weiwei pediu de imediato vistos a Alemanha e Reino Unido, dois países onde já expôs a sua obra, tendo obtido da parte das autoridades alemãs um visto de entradas múltiplas, com duração de quatro anos.
Já as autoridades britânicas negaram-lhe um visto de seis meses, limitando-o a três semanas, por ter omitido do pedido uma condenação por fraude fiscal, acusação que o artista contesta e que o pôs na prisão entre o início de abril e o fim de junho de 2011, gerando uma vaga de contestação em todo o mundo.
A Amnistia Internacional - que já condenou a atuação das autoridades britânicas - e outras organizações de direitos humanos assinalam que Ai Weiwei nunca foi julgado, nem formalmente acusado de nada.
O mais conhecido artista chinês contemporâneo é também um crítico feroz do regime chinês, que parece, nos últimos meses, ter amenizado a perseguição contra Ai Weiwei.
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