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Certificação do 'Traje à vianesa' será anunciada nas festas da Agonia

A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Viana do Castelo admitiu hoje que a certificação do típico "traje à vianesa", com origem no século XIX, poderá ser anunciada nas festas da Agonia, entre 20 e 23 de agosto.

Certificação do 'Traje à vianesa' será anunciada nas festas da Agonia
Notícias ao Minuto

11:37 - 30/07/15 por Lusa

Cultura Tradições

"É um processo que está completamente encaminhado. Vamos ver se conseguimos ainda durante este período das festas apresentar essa certificação. Estamos dependentes do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), mas esperamos a todo o momento por uma deliberação positiva do INPI para podermos avançar com a apresentação pública", explicou Maria José Guerreiro.

A romaria d'Agonia, nomeadamente o tradicional desfile de mais de 500 mulheres devidamente trajadas pelas ruas da cidade de Viana do Castelo, assume-se anualmente, no mês de agosto, como a principal montra do "traje à vianesa".

O processo de certificação foi adjudicado pela Câmara Municipal em maio de 2013 à Associação "Portugal à Mão", por cerca de 24 mil euros. Esta associação, entre outras entidades, também participou na certificação do bordado de Viana, concluída em agosto de 2012.

Na ocasião, o executivo justificou a decisão de certificar o traje com a necessidade de evitar a "confusão" e a "apropriação" do mesmo por outras regiões.

O traje assume-se como um símbolo tradicional da região, nas suas várias formas, consoante a ocasião e o estatuto da mulher. Em linho e com várias cores características, onde sobressai o vermelho e o preto, foi utilizado até há cerca de 120 anos pelas raparigas das aldeias em redor da cidade de Viana do Castelo.

Os exemplares que ainda hoje se conservam, alguns nas mesmas famílias, terão cerca de 60 anos.

As características deste traje, como o seu colorido e a profusão de elementos decorativos, permitem identificar facilmente a região de origem, no concelho, motivo pelo qual se transformou, segundo os especialistas, "num símbolo da identidade local".

Para garantir "rigor no bem trajar", este ano, pela primeira vez, a organização faz depender a participação nos principais números da festa de uma inscrição prévia, da entrega de uma fotografia do traje que será envergado.

Maria José Guerreiro, que é também presidente da VianaFestas, entidade que organiza a romaria, adiantou que o objetivo "é ter uma ideia prévia dos trajes que vão ser envergados" para evitar situações ocorridas em edições anteriores "em que o traje surge completamente desorganizado".

Aquela exigência aplica-se tanto para o desfile da mordomia, onde "só são aceites trajes de luxo e festa", como no cortejo histórico-etnográfico, onde "já são permitidos outros tipos de traje, como o de trabalho e domingar".

"Todos nós temos consciência que o público em geral, e os vianenses em particular, são cada vez mais exigentes em relação à forma como o traje é envergado".

O Castelo Santiago da Barra e o seu papel na elevação de Viana do Castelo a cidade é o tema do cortejo histórico - etnográfico, que recriará a importância do forte de Viana e da Torre da Roqueta, na atribuição do Foral da Elevação de Viana a cidade, em 20 de janeiro de 1848.

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