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Museu do Chiado abre com exposição da coleção de arte da SEC

A inauguração da exposição "Narrativa de uma Coleção - Arte Portuguesa na Coleção da Secretaria de Estado da Cultura (1960-1990)" vai marcar, a 15 de julho, a ampliação do Museu do Chiado, em Lisboa, anunciou hoje esta entidade.

Museu do Chiado abre com exposição da coleção de arte da SEC
Notícias ao Minuto

13:45 - 04/07/15 por Lusa

Cultura Inauguração

De acordo com a programação do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC-MC), a exposição terá curadoria do diretor, David Santos, e da conservadora Adelaide Ginga.

Reunirá, até junho de 2016, mais de cem obras - sobretudo de pintura, mas também escultura, objetos, instalações, fotografias, desenhos e gravuras -- ilustrativas dos desenvolvimentos da arte portuguesa desses anos.

Resulta de uma coleção criada durante várias décadas pelas entidades governamentais responsáveis pela pasta da cultura no país.

A ampliação do Museu do Chiado, ambicionada há mais de duas décadas pelos sucessivos diretores que geriram este importante espaço museológico, concretizou-se sob a tutela de Jorge Barreto Xavier, que assinou um protocolo com o Ministério da Administração Interna (MAI) e o Ministério das Finanças, para cedência de parte do Convento de São Francisco.

O acordo, formalizado pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC), em fevereiro, duplicou o espaço disponível para o Museu do Chiado, que se encontra no mesmo edifício, mais 3.273 metros quadrados, do que a área atual.

A exposição "Narrativa de uma Coleção" resulta não só da incorporação da Coleção SEC no Museu do Chiado, "como ainda da necessidade de apresentar publicamente a qualidade e a representatividade desta importante coleção", segundo um texto dos curadores.

Estes sublinham que a coleção "é excecional, mesmo no que diz respeito às décadas de 1960, 1970 e 1980, um dos períodos mais decisivos da produção artística portuguesa do século XX, coincidente com as décadas até aqui mais lacunares na própria Coleção do MNAC-MC".

O critério de seleção dos comissários abrange um amplo núcleo de artistas, mas tendo de cingir-se ao período definido, prevaleceu a "qualidade estética e interesse histórico da coleção, havendo por isso artistas com mais do que uma obra, sem que tal constitua um núcleo autoral".

Os comissários relatam ainda que o novo espaço do MNAC-MC "foi determinante nesta abordagem museográfica, face à multiplicidade de salas e a disparidade de tamanho destas, na sua relação com a diversidade técnica e de dimensão das obras".

Depois da assinatura do acordo, o espaço foi alvo de obras no valor de 180 mil euros, que envolveram a revisão geral de coberturas e a execução dos trabalhos no espaço, para que pudesse funcionar em segurança.

A cedência daquele espaço no Convento de São Francisco corresponde a um projeto já antigo, que atravessou vários governos, mas nunca chegou a ser concretizado.

Um dos principais problemas do museu, nos últimos vinte anos - apontado pelos responsáveis que já passaram pela direção, desde Raquel Henriques da Silva, a Pedro Lapa, Helena Barranha e Paulo Henriques - era a exiguidade do espaço, para mostrar uma das mais importantes coleções públicas de arte do país.

O MNAC-MC, que possui hoje um acervo de quase 5.000 peças de arte, desde 1850 à atualidade, muitas delas em entidades como embaixadas e ministérios, completou cem anos em maio de 2011.

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