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Escrita do Sudoeste é tema de exposição, pintura, mural e debate

A escrita do Sudoeste e Idade do Ferro vai ser tema de uma exposição, debates, pintura de um mural e outras iniciativas em Lisboa, a partir de sábado, por iniciativa do Museu Nacional de Arqueologia, em parceria com várias entidades.

Escrita do Sudoeste é tema de exposição, pintura, mural e debate
Notícias ao Minuto

21:38 - 28/05/15 por Lusa

Cultura Lisboa

A exposição de arqueologia "Quem nos Escreve desde a Serra" vai ser inaugurada no sábado, às 21:00, no exterior, junto à entrada do Museu Nacional de Arqueologia

De acordo com o museu, trata-se de uma exposição de rua, itinerante, sobre as estelas com escrita do Sudoeste e Idade do Ferro, organizada em parceria com a Câmara Municipal de Loulé, o Projeto Estela, com a colaboração do Projeto Eurovision, e estará patente até ao dia 27 de setembro.

A escrita do sudoeste é uma escrita paleo-hispânica com origem desconhecida, criada a partir de signos que representam consoantes e vogais, como os alfabetos, e signos que representam sílabas, como os silabários.

Com utilização conhecida entre os séculos VII e V antes de Cristo, no sudoeste da Península Ibérica, atravessa o Baixo Alentejo, Algarve, Andaluzia ocidental e o sul da Estremadura.

Os textos surgem quase sempre da direita para esquerda, em monumentos de pedra ou placas, e poderão dar uma ideia dos pensamentos e modos de vida do passado, mas estão até hoje por decifrar.

No relvado do Mosteiro dos Jerónimos será apresentada uma abordagem contemporânea desta escrita pelos artistas plásticos El Menau e Ângela Menezes.

Os artistas vão apresentar uma pintura mural e uma instalação contemporânea no espaço contíguo à exposição.

Durante os meses de exibição da exposição, vão decorrer várias atividades, como a apresentação de um documentário, um concurso literário, um ciclo de debates científicos, a apresentação de uma estela - bloco de pedra em que escreviam -, com a escrita do Sudoeste, visitas guiadas e atividades infantojuvenis.

A exposição conta ainda com o apoio das direções regionais de Cultura do Alentejo e de Cultura do Algarve, e das juntas de freguesia do Ameixial, de Belém, de Benafim e de Salir, assim como do Museu Municipal de Faro, da Direção-Geral do Património Cultural e da Lusitânia Seguros.

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