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Biblioteca divulga investigação inédita sobre azulejaria

O trabalho inédito de João dos Santos Simões (1907-1972), o maior especialista em azulejaria portuguesa do século XX, vai ficar disponível online, a partir de 27 de maio, no âmbito do projeto de investigação Biblioteca DigiTile.

Biblioteca divulga investigação inédita sobre azulejaria
Notícias ao Minuto

10:05 - 22/05/15 por Lusa

Cultura DigiTile

O projeto resulta de uma iniciativa conjunta do Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, e as conclusões serão apresentadas num encontro nesse dia, em Lisboa.

Contactado pela agência Lusa, Paulo Leitão, da Biblioteca de Arte da Gulbenkian e um dos responsáveis pelo projeto, disse que o grande objetivo da iniciativa "é a divulgação deste património documental e informativo único" sobre azulejaria e cerâmica.

João Miguel dos Santos Simões, historiador de arte, foi o promotor da autonomização do estudo da azulejaria em relação ao da cerâmica e da afirmação do azulejo como marca identitária da cultura portuguesa.

No final da década de 1950 e até ao princípio da 1970, a Gulbenkian apoiou um projeto deste especialista para criar o inventário da azulejaria nacional e, desse trabalho, segundo Paulo Leitão, resultaram publicações "que continuam a ser hoje obras de referência no estudo desta área".

"Ficou alguma documentação de Santos Simões, que o investigador queria publicar, mas permaneceu inédita na Gulbenkian, até hoje", acrescentou.

Como era documentação conhecida entre especialistas da área, um grupo de investigadores do Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa apresentou em 2011 uma proposta à Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) para criar uma biblioteca 'online' com a documentação e o estudo da mesma.

"Definiram-se dois objetivos fundamentais: a produção de conhecimento historiográfico na área da História da Arte sobre essa documentação de João Santos Simões, e a criação de uma Biblioteca Digital de Azulejaria e Cerâmica", indicou Paulo Leitão.

Nesta biblioteca 'online' estará disponível ao público, todo o conteúdo digitalizado: 3.000 fotografias e outras tantas fichas documentais sobre azulejaria, 800 desenhos do pintor e desenhador Emílio Guerra de Oliveira, sobre os vários tipos de azulejos em Portugal, os textos inéditos de João Santos Simões e ainda os textos dos investigadores do Instituto de História da Arte produzidos no âmbito do projeto.

Os resultados e conclusões vão ser apresentados num encontro de investigadores e especialistas que decorrerá ao longo do dia 27 de maio, quarta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

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