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Agentes culturais do Norte discutem financiamento do setor

A Casa das Artes, no Porto, teve hoje o auditório praticamente cheio para discutir o financiamento do setor cultural no âmbito do quadro comunitário até 2020, altura descrita como dotada de um "sentido de urgência" no pós-crise.

Agentes culturais do Norte discutem financiamento do setor
Notícias ao Minuto

16:02 - 11/05/15 por Lusa

Cultura Porto

A conferência, organizada pela associação Faladura e apoiada pela Direção Regional de Cultura do Norte e pelo PPortodosmuseus, contou com a presença de elementos de diferentes instituições culturais da região, desde o diretor do Teatro Municipal do Porto ao responsável da Companhia de Teatro de Braga, passando pelo presidente do Cineclube do Porto, entre muitos outros.

Para o perito do programa Europa Criativa (dedicado ao apoio dos setores culturais e criativos) Jorge Pinto, a situação reveste-se de um "sentido de urgência", do qual os agentes e a sociedade civil estão a par, mas do qual o Estado ainda não se apercebeu.

Jorge Pinto lamentou que o programa comunitário até 2020 em Portugal esteja a "cometer muitos dos erros do programa anterior", que continue a ser necessário fazer mapeamentos do panorama que deviam estar feitos há 10 anos para agora serem atualizados e criticou o que classificou como a "promiscuidade" que requer uma separação entre "decisores, financiados e executores de projetos".

"Os programas continuam a não refletir aquilo que é o grande problema do setor cultural português que são os públicos", declarou Jorge Pinto, que acrescentou que enquanto tal se mantiver o setor cultural "será sempre um setor frágil e sem capacidade de evoluir".

A consultora para estratégias do programa Portugal 2020 Teresa Marques repetiu em diversas ocasiões que é necessário apostar no ensino formal, mas reconheceu não ser especialista em financiamento nem em Cultura, mas sim no estabelecimento de diálogos entre parceiros de diversas vertentes, algo que advogou.

Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Viseu e antigo secretário de Estado com a alçada dos fundos comunitários, António Almeida Henriques, disse ser altura de a União Europeia "repensar" os 0,1% do orçamento que dedica à Cultura.

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