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Kraftwerk, a "banda mais influente do mundo" regressa hoje

Aos 45 anos de existência, a banda alemã Kraftwerk regressa a Portugal para dois concertos em 3D, hoje em Lisboa e segunda-feira no Porto, um grupo que é múltiplas vezes descrito como o "mais influente do mundo".

Kraftwerk, a "banda mais influente do mundo" regressa hoje
Notícias ao Minuto

09:56 - 19/04/15 por Lusa

Cultura Concerto

A promotora Everything is New apelida a banda como "pais da eletrónica" e refere-se aos espetáculos do quarteto no Coliseu de Lisboa e na Casa da Música como "arrojados", mas os adjetivos abundam em qualquer texto que se leia sobre a banda, que hoje só mantém um dos dois membros originais, Ralf Hütter (o outro, Florian Schneider, abandonou o grupo há mais de seis anos).

"Porque os Kraftwerk ainda são a banda mais influente do mundo", escrevia o semanário britânico The Observer, em 2013, a propósito de uma série de oito concertos da discografia completa da banda na galeria de arte Tate Modern, em Londres, realçando que "nenhuma outra banda desde os Beatles deu tanto à cultura pop".

Criticados ao longo da carreira pela música que criaram e por aquilo que representavam, numa entrevista com o histórico crítico da Rolling Stone Lester Bangs chegaram a ser questionados sobre se seriam a "solução final para o problema da música".

O Daily Telegraph colocava o título em forma de pergunta e não de certeza, ao contrário do Observer, mas no texto as respostas iam neste último sentido, como foi o caso do citado Martin Gore, dos Depeche Mode: "Para qualquer pessoa da nossa geração envolvida em música eletrónica, os Kraftwerk foram os padrinhos".

"Ao ouvir os arpejos atonais e vibrantes de 'Numbers' ou o sopro quase recatado de 'Neon Lights' parece que a influência dos Kraftwerk na música contemporânea pode não acabar nunca. Cada fragmento de linguagem e cada melodia podia ser largada, sem alteração, em qualquer canção pop moderna e soar apropriadamente até ao mais sábio ouvinte", escrevia, em 2012, o então crítico de música pop da revista New Yorker, Sasha Frere Jones.

Para Jones, saber que a banda estaria a trabalhar no nono álbum parecia "completamente desnecessário nesta altura", isto porque "o antigo deles ainda é o nosso novo".

A ideia do crítico põe por outras palavras o que dizia, citado pela BBC, Uwe Schütte, organizador de uma conferência académica internacional sobre o trabalho do conjunto: "São a banda mais importante do mundo na forma como mudaram a música. Chamaram-lhe música do futuro e o futuro deles é o nosso presente".

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