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Açores têm "Arquipélago" para artes contemporâneas

Os Açores têm desde hoje um centro de artes contemporâneas instalado na antiga fábrica do álcool da Ribeira Grande, cuja programação arranca em maio com a exposição de uma coleção associada ao Espírito Santo.

Açores têm "Arquipélago" para artes contemporâneas
Notícias ao Minuto

20:30 - 29/03/15 por Lusa

Cultura Inauguração

A "pré-programação" do Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas para este ano foi apresentada na cerimónia de inauguração deste espaço pela sua diretora, Fátima Marques Pereira, que enfatizou que este é um projeto dedicado às artes contemporâneas nas suas diversas disciplinas.

Depois da inauguração de hoje, o edifício do Arquipélago, que conta com uma área útil de seis mil metros quadrados, estará aberto a quem o quiser conhecer, após uma reabilitação orçada em 13 milhões de euros que lhe valeu uma nomeação para o Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe.

Segue-se, então, em maio, a apresentação da exposição "da coleção de arte contemporânea do Arquipélago associada ao Espírito Santo, elemento aglutinador deste arquipélago açoriano", segundo Fátima Marques Pereira, que revelou que foi feita, neste âmbito, uma parceria com a Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento (FLAD) e convidado João Silvério para curador.

Sem querer adiantar pormenores sobre a coleção, Fátima Marques Pereira revelou que integra obras de artistas açorianos, nacionais e internacionais, rondando as 60 peças, que foram sendo adquiridas pela região, sendo o objetivo continuar a enriquecê-la.

A pré-programação do centro, entre maio e o final do ano, tem um tema definido para cada mês e inclui, para além desta exposição, residências artísticas (todas com extensões às restantes ilhas dos Açores), cursos, espetáculos musicais, um ciclo de cinema e encontros internacionais de arte contemporânea e arquitetura, entre outras iniciativas.

A segunda exposição está prevista para setembro, com a Coleção António Cachola (Elvas), que terá como curador Sérgio Mah.

Fátima Marques Pereira, ex-subdiretora-geral das Artes e à frente do Arquipélago há dois meses, destacou hoje que este é um projeto "que tem por ambição a criação, a produção e a difusão de arte contemporânea" e que, pela sua localização "no meio do atlântico" assume "um papel fundamental na consolidação de uma identidade cultural/artística local pensada à escala global".

Para Fátima Marques Pereira, é "determinante", no desenvolvimento deste projeto, "o cruzamento dos quatro eixos geográficos desenhados pelas ilhas", referindo a América, a Europa e a África, "em relação aos quais o arquipélago dos Açores se posiciona como ponto de encontro privilegiado". Garantiu ainda que este será um projeto que "envolverá as nove ilhas" da região, "criando uma referência à unidade cultural açoriana" e "ativando a participação comunitária.

O Governo dos Açores adjudicou em 2011 a obra deste centro de artes contemporâneas, num valor superior a 10 milhões de euros, com um prazo inicial de conclusão de 18 meses que acabou por não ser respeitado, após "dificuldades" invocadas pelo primeiro empreiteiro.

Segundo revelou o diretor regional da Cultura no sábado, o orçamento anual do Arquipélago é cerca de um milhão de euros.

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