Estúdio de Ópera leva à cena 'Ester' no Teatro S. Luiz
A oratória ‘Ester’, pela orquestra e coro do Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a direção de Jan Wierzba, está em cena na sexta-feira e no sábado, no Teatro S. Luiz, em Lisboa.
© Reuters
Cultura Lisboa
A oratória é uma composição António Leal Moreira, de 1786, à qual esta produção do Estúdio de Ópera juntou uma peça de Diogo Dias Melgás, da segunda metade do século XVII, e da contemporânea Sara Ross, mantendo o libreto original de Gaetano Martinelli.
Em comunicado, a sala lisboeta afirma que "este espetáculo segue a linha do primeiro projeto do Estúdio de Ópera, 'Páris e Helena', de Gluck, apresentado neste teatro, em setembro de 2012, ao envolver um coro ativo ao longo da peça".
"No início da oratória 'Ester', o libretto de Martinelli pede um 'coro do povo da Israel', mas na partitura original de António Leal Moreira (1758-1819) esses coros são atribuídos aos solistas", explica a mesma fonte.
"Com o desejo de manter um coro ao longo da obra, surgiu a ideia de juntar música de outros séculos, mais especificamente uma obra-prima da Escola de Música da Sé de Évora, a lamentação de Quinta-feira [Santa]', do compositor Diogo Dias Melgás (1648-1700), cujo texto provém precisamente do 'povo da Israel', e que aparece aqui repartido em 11 pequenas secções; a isto junta-se um toque inesperado, o dos 'Alentos', da jovem compositora Sara Ross", afirma a mesma fonte.
Sobre os ‘Alentos’, afirma a compositora que "são breves reflexos musicais inseridos na narrativa e concebidos como um gesto de amplificação dos estados de alma consequentes da ação do livro em cena".
"Trata-se de abstrações sem tempo, transmitidas por identidades individuais que habitam o coletivo presente, reveladas através de símbolos musicais recriados a partir da 'cantilação' hebraica", remata a compositora açoriana de 25 anos,
O elenco é constituído pela meio-soprano Carolina Figueiredo, as sopranos Patrycja Gabrel e Rita Marques, os tenores Pedro Cachado e Pedro Matos e o contratenor Manuel Brás da Costa.
O Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa, com a direção artística de Nicholas McNair, é apresentado pelo S. Luiz, como "um espaço criativo em que alunos e profissionais se encontram e partilham, de forma inovadora, a criação de projetos nas áreas de música, teatro e artes performativas".
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