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Flautista de Cabeceiras de Basto "conquista" Orquestra de França

Uma jovem flautista de Cabeceiras de Basto rumou até Paris para estudar música mas rapidamente os seus dotes conquistaram os ouvidos mais exigentes, sendo desde 2012 solista na Orquestra Nacional de França.

Flautista de Cabeceiras de Basto "conquista" Orquestra de França
Notícias ao Minuto

19:28 - 03/01/15 por Lusa

Cultura Música

Apesar de somar prémios e reconhecimento no estrangeiro, Adriana Ferreira, 24 anos de idade, não põe de lado a hipótese de um dia regressar ao seu país, porque acredita que "Portugal pode ser um país para jovens".

"A atual conjuntura social, económica e artística em Portugal não é a melhor, mas tempos melhores virão", atira, frisando que não gosta de fazer planos a longo prazo e que neste momento se sente muito bem em França.

Desde pequena que Adriana transpira música por todos os poros: aos 6 anos começou a aprender a tocar piano e dois anos depois entrou para a Banda Cabeceirense, sendo-lhe atribuído um flautim.

Música foi, naturalmente, a área que escolheu no ensino secundário, findo o qual concorreu para o Conservatório Nacional Superior de Música de Paris e para a Real Academia de Londres.

Foi admitida nos dois mas optou por Paris, para onde rumou em 2008.

Quando estava no 1.º ano do mestrado, um flautista da Orquestra Nacional de França reformou-se, foi aberto concurso para preencher a vaga e Adriana agarrou a oportunidade com ambas as mãos.

"Fiz a prova, fui admitida, entrei", lembra, com simplicidade, admitindo que não contava ser a eleita, nomeadamente face à sua idade.

Agora, toca numa orquestra lado a lado com músicos franceses, coreanos, japoneses, romenos, russos, alemães e espanhóis, entre outras nacionalidades.

Tem acumulado prémios, os dois últimos dos quais em dezembro, no Concurso Internacional de Genebra, na Suíça.

Ao longo de 2014, obteve ainda o 1.º prémio no Concurso Internacional de Flauta Severino Gazzenoli, em Itália.

Em 2010, foi galardoada com o 1.º prémio, o prémio da Orquestra e o prémio do jovem júri no Concurso Internacional de Flauta Carl Nielsen, na Dinamarca.

Hoje, não diz até onde se estende a sua ambição, mas confessa que a música há de estar sempre presente na sua vida.

"Não consigo imaginar a minha vida sem a música", atira.

Nos tempos livres, e além de música francesa para orquestra do início do século XX, ouve também muito fado.

"Gosto muito de ouvir fado, é uma música que ouço quase todos os dias. Temos realmente uma bela tradição em Portugal no campo do fado", remata.

O sucesso parece ser o fado de Adriana, que acaba de ser contemplada com um outro troféu: a Câmara da "sua" Cabeceiras de Basto decidiu atribuir-lhe a Medalha de Mérito Público - Grau Ouro.

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