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'Muito Chão' encerra comemorações da carreira de Benvindo Fonseca
A Companhia de Dança de Almada apresenta hoje, no Museu do Oriente, em Lisboa, o espetáculo "Muito Chão", que encerra a trilogia das comemorações dos trinta anos de carreira do bailarino e coreógrafo Benvindo Fonseca.
© Lusa
Cultura Coreógrafos
Depois de "Edzer", dedicada a África, e de "Casa do Rio", com Portugal como pano de fundo, as celebrações encerram com este espetáculo inspirado na Índia, nas suas cores, gestos, sabores, cheiros e costumes.
A coreografia "Muito Chão" aborda também as questões da desigualdade no país, juntamente com os rituais, os deuses e a sabedoria milenar, segundo uma sinopse divulgada pelo museu.
O espetáculo tem coreografia e pesquisa musical e de vídeo de Benvindo Fonseca, tema original musical e interpretação ao vivo de Carlos Mil-Homens, cenário de Carmo Garcia, figurinos de Fauze El Kadre, desenho de luz de Cláudia Rodrigues, e direção artística de Maria Franco.
A interpretação estará a cargo de Beatriz Rousseau, Bruno Duarte, Daniela Andana, Joana Puntel, Luís Malaquias, Mariana Romão, Miguel Santos, Nuno Gomes.
Natural de Moçambique, Benvindo Fonseca nasceu em 1964 e, aos 16 anos, iniciou a sua formação de dança com Ana Macara, tendo continuado os seus estudos no Conservatório Nacional e nos Cursos de Formação Fundação Calouste Gulbenkian, com Carlos Caldas e Ulrike Caldas.
Prosseguiu a formação com Maggi Black, Betsy Hog e William Burnman, em Nova Iorque, e com Ruth Silk, em Londres.
Iniciou o seu percurso profissional em 1984. Em 1986, ingressou como solista no Ballet Gulbenkian onde, em 1990, foi promovido a primeiro bailarino da companhia.
Trabalhou com coreógrafos portugueses e estrangeiros como Christopher Bruce, Jiri Kylian, Nacho Duato, Paul Taylor, Vasco Wellenkamp e Olga Roriz.
Em 2004, assumiu a direção artística da Companhia Lisboa Ballet Contemporâneo. Criou, entre outras, as coreografias "Para que a Terra não Esqueça" (1995), "Dança árabe" (2003), "A Caminhada" (2003) e "Castaneda" (2004).
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