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Exposição sobre Almeida Garrett inaugurada amanhã

O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, inaugura quinta-feira a exposição evocativa dos 160 anos da morte do escritor Almeida Garrett, no Panteão Nacional, em Lisboa, e o centro de interpretação deste monumento nacional.

Exposição sobre Almeida Garrett inaugurada amanhã
Notícias ao Minuto

21:05 - 17/12/14 por Lusa

Cultura Escritores

Em comunicado, o gabinete de Jorge Barreto Xavier afirma que o "Panteão Nacional evoca uma das mais brilhantes personalidades nacionais, através da exposição 'Almeida Garrett - A Viagem e o Património'", que estará patente no novo espaço expositivo do monumento, até 19 de abril próximo.

João de Almeida Garrett, autor, entre outras obras, de "Viagens na minha terra", é uma das personalidades sepultadas no Panteão. A arca tumular do autor encontra-se na mesma sala onde estão os túmulos de João de Deus e Guerra Junqueiro.

Nesta exposição, segundo a mesma fonte, "da vastíssima obra e ação polifacetada de Almeida Garrett, privilegia-se a atividade que exerceu em torno da causa patrimonial".

"A sua conceção de património, ampla e integrada, permite avaliar esta importante faceta do escritor e do político, repartida entre a educação do gosto, a crítica de arte, a formação e o estatuto social e profissional dos artistas, a salvaguarda dos monumentos nacionais, entre outros importantes aspetos, numa perspetiva progressista e inovadora para o desenvolvimento do país, que se admira pela sua atualidade", lê-se no mesmo comunicado.

Nesta exposição, "reuniu-se um conjunto de obras, peças e documentos dos museus, palácios, bibliotecas e arquivos nacionais que, pela sua inquestionável importância, não deveriam deixar de a ilustrar", esclarece a mesma fonte.

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, feito 1.º visconde de Almeida Garrett pelo rei D. Pedro V, atuou decisivamente em vários domínios, nomeadamente na política, sempre do lado dos liberais.

Participou na Revolução Liberal de 1820, o que lhe valeu o exílio em Inglaterra, em 1823, com a subida ao trono de D. Miguel.

Natural do Porto, Almeida Garrett, depois do exílio em Inglaterra e França, regressou a Portugal em 1826, numa altura em que já tinha publicado os poemas "Camões" e "Dona Branca".

Dedicou-se ao jornalismo e fundou revistas e jornais. Em 1832 juntou-se às tropas liberais de D. Pedro, futuro D. Pedro IV, e participou no desembarque na praia do Mindelo, nos arredores de Vila Conde, em 1832.

Foi diplomata em várias missões, algumas ao lado do 1.º duque de Palmela, e esteve ligado à criação do Conservatório de Arte Dramática, da Inspeção-Geral dos Teatros, do atual Teatro Nacional D. Maria II e da criação do Panteão Nacional.

Das suas obras, destacam-se, entre outras, "O Retrato de Vénus", "Folhas Caídas" e a peça "Frei Luís de Sousa".

O centro de interpretação a inaugurar quinta-feira "conta a história das 'Obras de Santa Engrácia' e daquele que é hoje o Panteão Nacional, através da exibição de um conjunto único de peças e maquetas, algumas delas apresentadas em público pela primeira vez", segundo a mesma fonte.

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