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Rede de mosteiros nas prioridades de recuperação do património

A conclusão das intervenções na rede de mosteiros classificados como Património da Humanidade, em Tomar, Alcobaça e Batalha, está entre as prioridades na recuperação de património nacional em 2015, segundo o diretor-Geral do Património, Nuno Vassallo e Silva.

Rede de mosteiros nas prioridades de recuperação do património
Notícias ao Minuto

12:24 - 13/12/14 por Lusa

Cultura 2015

Numa entrevista à agência Lusa, o responsável indicou que este programa de intervenções nos mosteiros, no valor global de seis milhões de euros, será concluído no próximo ano.

Também na lista das intervenções de recuperação prioritárias para a Direção-Geral do Património (DGPC) está a requalificação da Igreja de Santa Clara, em Santarém, numa intervenção que custará cerca de 200 mil euros.

A DGPC prevê também, para o próximo ano, lançar os concursos internacionais de qualificação do Museu da Música, em Mafra, (que acolherá o espólio atualmente instalado no Alto dos Moinhos, em Lisboa) e do restauro dos carrilhões.

A estimativa de investimento do projeto de adaptação do Museu da Música no Palácio de Mafra é de cerca de 6,5 milhões de euros, segundo esta entidade.

A beneficiação da fachada nascente do Palácio Nacional da Ajuda também está na lista das prioridades, e está orçada em cerca de 600 mil euros, e a continuação do plano de conservação e restauro dos tetos o estudo e levantamento das coberturas da Igreja dos Jerónimos custará cerca de 200 mil euros.

Está ainda prevista a abertura do novo Museu Nacional dos Coches, em junho, e a reabertura do terceiro piso do Museu Nacional de Arte Antiga, que também será alvo de obras no início do próximo ano.

Questionado na entrevista sobre o orçamento disponível para 2015, o responsável indicou que ronda os 36 milhões de euros, "com aumento de três milhões, essencialmente graças às receitas próprias".

"Nós fazemos milagres com estes 36 milhões", comentou Vassallo e Silva, acrescentando que a DGCP possui um milhão de peças sob a sua guarda - inventariadas - e 400 mil metros quadrados de espaços visitáveis ao público.

O responsável indicou que houve este ano um aumento global de dez por cento em receitas próprias, neste organismo, devido em grande parte ao aumento de visitantes nos espaços que tutela e aos aumentos dos preços de algumas entradas.

Nuno Vassallo e Silva revelou que este ano, as receitas próprias ultrapassaram 45 por cento da despesa da DGPC, e que, para 2015, deverão atingir os 50 por cento.

"É um facto muito, muito importante porque, com instrumentos de gestão mais flexíveis, a DGPC tem a capacidade de chegar um dia, não muito longe, com a gestão e aluguer de espaços, bilhéticas e mecenato, quase aos cem por cento" das receitas ao nível da despesa.

Sobre se vai manter-se a filosofia de centralizar as receitas na DGPC, que depois as distribui, independentemente do valor conseguido por cada museu, palácio ou monumento, o diretor-geral sustentou que a rede destes espaços sob a sua tutela "tem de ser vista como um conjunto".

"Nesta fase, a melhor forma é melhor centralizar as receitas na DGPC", defendeu, admitindo que os "grandes vendedores" de bilhetes são os palácios nacionais, além de mosteiros como os Jerónimos, e ainda a Torre de Belém.

Vassallo e Silva considera que os "museus menos ativos têm de ser mais apoiados", e que esta forma de distribuição dos montantes financeiros, que se obtêm das receitas, "é uma mutualidade que tem funcionado bem".

Ainda sobre as receitas, o responsável revelou que a DGCP criou recentemente uma unidade de auditoria interna para acompanhar as receitas, a venda dos bilhetes, gestão, procedimentos, concursos, entre outras áreas.

"É importante que existam auditorias internas, porque estamos a falar de dinheiros públicos. Se for necessário, até faremos autorias às coleções dos museus, um procedimento muito comum no mundo privado", comentou.

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