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Solo de Olga Roriz sobre vida, amor e morte na Culturgest

Um solo da autoria de Olga Roriz, sobre a vida, o amor e a morte, inspirado numa mulher que sobreviveu a uma catástrofe na Turquia, vai estar no palco da Culturgest, em Lisboa, a partir de sexta-feira.

Solo de Olga Roriz sobre vida, amor e morte na Culturgest
Notícias ao Minuto

21:33 - 11/12/14 por Lusa

Cultura Lisboa

O solo "Os olhos de Gulay Cabbar", estreado no Festival Citemor em 2000, vai ser interpretado por Marta Lobato Faria na sexta-feira, sábado e domingo, às 21:30.

De acordo com a Culturgest, este espetáculo inicia a comemoração dos 40 anos de carreira de Olga Roriz e os 20 anos de atividade da companhia, que se celebram em 2015.

No próximo ano serão repostas, em várias salas de espetáculo, em Portugal e no estrangeiro, algumas das obras mais emblemáticas de Olga Roriz, uma das coreógrafas mais destacadas do universo da dança em Portugal.

"Os olhos de Gulay Cabbar" tem cenografia de Paulo Reis e Olga Roriz, desenho de luz de Clemente Cuba, paisagem sonora de António Viegas e figurino de Mariana Sá Nogueira.

A coreografia parte de um acontecimento real, de uma mulher sobrevivente de acidente na Turquia, e da forma como foi transmitida pelos media sensacionalistas, para abordar, na sua essência, a vida, o amor e a morte.

Num texto sobre o solo, Olga Roriz escreve que, "por vezes, o corpo não nos dá tréguas e insiste em parar, deixando-se estar apenas perscrutando as suas dores".

"A árdua decisão de passar o testemunho torna-se evidente e assim faço a delicada escolha da intérprete. Quem fará de mim sem me copiar? Quem poderá apropriar-se de um solo tão delicado quanto dilacerante? À Marta, entreguei-me de alma e coração, e fiz do meu corpo o dela", revela, referindo-se à intérprete, Marta Lobato Faria.

Nascida em Viana do Castelo, em 1955, Olga Roriz, estudou ballet clássico e dança moderna com Margarida Abreu e Ana Ivanova, ingressou na Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa e tornou-se primeira bailarina do Ballet Gulbenkian, onde foi depois convidada a coreografar.

Em 1995, a bailarina e coreógrafa viria a criar a Companhia Olga Roriz, que atualmente está instalada no Palácio Pancas Palha, cedido pela Câmara Municipal de Lisboa.

Na área do cinema, realizou os filmes "Felicitações Madame", "A Sesta" e "Interiores".

Olga Roriz foi distinguida, entre outros galardões, com o 1.º Prémio do Concurso de Dança de Osaka -- Japão (1988), o Prémio Almada 2004, o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores e MilleniumBCP 2008 e o Prémio da Latinidade 2012.

Em 2004 foi condecorada com a insígnia da Ordem do Infante D. Henrique -- Grande Oficial.

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